Pode isso, Arnaldo?

Após deixar TV, ex-juiz abre o jogo: dupla com Galvão, lucro na bolsa e quem tentou puxar seu tapete na Globo

Augusto Zaupa. Rodrigo Mattos e Vanderlei Lima Do UOL, no Rio e em São Paulo Ricardo Borges/UOL

Arnaldo Cezar Coelho foi o primeiro brasileiro a dirigir uma final de Copa do Mundo, em 1982, na Espanha. Mas seu principal legado ao futebol do país não veio propriamente atuando nos gramados. Após "pendurar o apito", o carioca consagrou um papel nas transmissões esportivas nacionais como comentarista de arbitragem, em função que hoje emprega diversos ex-juízes na TV.

"Pode isso, Arnaldo?". Foi com esse bordão que o ex-árbitro entrou na sala dos brasileiros por três décadas na parceria histórica com Galvão Bueno. Um dueto nas cabines de transmissões que acabou com lágrimas ao vivo na Rússia, ano passado.

Em uma longa entrevista ao UOL, Arnaldo falou sobre a decisão de deixar a TV, de como a exposição na mídia o ajudou na bolsa de valores e muito mais. O clássico parceiro de Galvão relata bastidores dos anos de Globo, com direito a "furo" de reportagem e de duelo por espaço com o colega José Roberto Wright.

Mesmo aposentada, a autoridade do apito nacional mantém o olho crítico: "O VAR é um grande negócio. Uma multinacional começou a fabricar, custa um dinheirão."

Ricardo Borges/UOL

Sintonia com Galvão Bueno

Adeus ao vivo na final da Copa

Ao apito final do amistoso entre Brasil e Camarões, em 20 de novembro passado, o amigo e narrador Galvão Bueno foi às lágrimas ao se despedir de Arnaldo Cezar Coelho, que fazia a sua última transmissão esportiva pela Globo após 29 anos.

A decisão de deixar a função de comentarista de arbitragem da emissora, no entanto, havia sido anunciada quatro meses antes, minutos depois de a França bater a Croácia na decisão da Copa. Fato que pegou todos de surpresa.

"Estava chovendo muito. O [Vladimir] Putin [presidente russo] não entrava para entregar o troféu. Pedi para o Galvão para falar uma coisa. Não tinha nada ensaiado, nada preparado. Disse que a vida da gente é feita de ciclos, e o meu ciclo como comentarista de arbitragem na Globo terminou, que era a minha última Copa do Mundo. Agradeci à Globo, enfim, puta de um elogio. Porra, aí ficou aquele silêncio. Foi uma choradeira", recordou.

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O anúncio ao vivo deixou até os familiares surpresos. "A minha filha, que estava do outro lado [assistindo pela TV], mandou uma mensagem: Pai o que que você falou, que está todo mundo mandando mensagem?"

Porém, Arnaldo já estava ensaiando a despedida antes mesmo de viajar.

"Estava com 75 anos, no quarto período da vida. Tem o 0 a 25, o 25 a 50, 50... Porra, se eu não aproveitar, usufruir da praia, andar na praia a hora que eu quiser. Eu estudava muito [para se preparar para as transmissões]. Lia tudo, via tudo, escrevia artigos. É uma mudança radical na tua vida. Tudo na vida você tem momento de entrar e momento de sair", contou.

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Lambança de colombiano rendeu convite da Globo

Apesar de não ter sido o primeiro comentarista de arbitragem na TV, Arnaldo Cezar Coelho seguramente se tornou o mais famoso deles devido à parceria de quase 30 anos com Galvão Bueno. Mas antes de participar de oito Copas do Mundo na mídia, o ex-juiz de futebol já davas as caras na emissora.

Em 1989 nas eliminatórias à Copa da Itália do ano seguinte, Chile e Brasil protagonizaram uma batalha campal em Santiago, que teve direito a expulsão de Romário logo nos primeiros minutos. O juiz colombiano Jesús Díaz Palacios errou ao marcar sobrepasso do goleiro Taffarel, em decisão que culminou no gol de empate dos chilenos.

Após muitas discussões sobre o que havia sido marcado por Palacios, o então diretor de jornalismo da Globo, Armando Nogueira, convidou Arnaldo para palestrar aos jornalistas da emissora sobre as regras do futebol e explicar o lance de Santiago.

"O Galvão estava narrando, com o Pelé e o Chico Anysio comentando. Acho que o Tino Marcos estava como repórter. Ninguém entendeu o lance. Ficou naquele 'o que que houve? O que que houve?'. Os telespectadores todos perdidos", declarou.

"Quando fui à Globo, me pediram para explicar no ar o lance. Entrei no Globo Esporte. Fui curto e objetivo, bem didático. Então me perguntaram se queria ser assessor dessa parte de arbitragem. Perguntei o que era isso. Me falaram que na novela tinha um psicólogo. Quando falavam de comida, tinha o cara que explicava comida. Quando fossem falar de arbitragem, iriam me consultar por telefone", recordou.

Arnaldo apita decisão do campeonato brasileiro de 1977 entre São Paulo e Atlético-MG. Foto: Agência Estado Arnaldo apita decisão do campeonato brasileiro de 1977 entre São Paulo e Atlético-MG. Foto: Agência Estado

Inventando o papel de comentarista

No fim de 1989, já aposentado na carreira de árbitro e contratado pela Globo, Arnaldo demorou para aparecer nas atrações da emissora. Incomodado por não estar sendo aproveitado, decidiu criar um programa para fazer jus ao vínculo.

"No primeiro mês, me deram crachá, ticket restaurante, plano médico e eu nem aparecia. Ninguém me chamava para nada. Eu falei: cacete, o que é isso? Eu virei o Bozó?", brincou o ex-juiz ao recordar do personagem criado pelo humorista Chico Anysio que contava vantagem por ser funcionário da Rede Globo.

"Estava inquieto, criativo e falei: 'porra, eu vou inventar um programa'. Aí tinha um chroma key [técnica de efeito visual]. Eu passava o lance e analisava os lances escolhidos", acrescentou.

Na época, Arnaldo Cezar Coelho decidiu investir parte do seu dinheiro ao montar afiliada da Globo na cidade de Resende, a TV Rio Sul.

"Eu comecei a aprender lá, porque de televisão eu não sabia nada. Aqueles equipamentos para mim eram videocassetes. Aí eu comecei a inventar, e os caras gostaram e começaram a botar [os quadros] no Globo Esporte", declarou o ex-juiz, que estreou na Globo como comentarista de arbitragem na decisão do Brasileirão de 1989, entre Vasco e São Paulo, ao lado de Galvão Bueno e Juca Kfouri.

Fiquei 29 anos nesse negócio, procurando explicar didaticamente, de forma acessível à população. Criei novos comentaristas. No final, eu já estava tomando conta dos comentaristas, explicando ali o editorial

sobre o legado de comentarista de arbitragem na TV

Arnaldo dá o apito inicial para a final da Copa do Mundo de 1982. Foto:Mark Leech/Getty Images Arnaldo dá o apito inicial para a final da Copa do Mundo de 1982. Foto:Mark Leech/Getty Images

Imagem na TV rendeu na bolsa

Apesar da ligação com o futebol, Arnaldo não dependeu apenas deste universo para pagar as contas. Em 1985, ele criou a Liquidez, que se tornou uma das maiores corretoras de valores do país e que foi vendida em 2009 para o grupo financeiro britânico BGC Partners por cerca de R$ 500 milhões.

Para turbinar os negócios da corretora, o ex-árbitro usou a sua visibilidade na Rede Globo para atrair investidores.

"A visibilidade que o futebol me deu ajudou nos negócios. Foi uma fábula, realmente. Eu ia em um banco em São Paulo e o presidente me conhecia. Eu ia para os Estados Unidos e prospectava clientes nos bancos. Peguei a minha corretora e transformei na segunda colocada da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros)", contou.

Formado em Educação Física, o ex-juiz revelou que arriscava ao investir o dinheiro que sobrava em ações após receber um conselho do irmão, que era auxiliar de pregão em uma corretora.

"Não sabia nada de matemática. Fui aprender a vender letra de câmbio e comecei a trabalhar no mercado financeiro. Virei dono de instituição. Graças a Deus dei uma porrada monstra na vida", concluiu.

Reprodução

"Bem, Amigos": dava muito trabalho

Durante 15 anos, Arnaldo comandou o quadro 'A Regra É Clara', do Seleção SporTV, e ainda tinha cadeira cativa no programa 'Bem, Amigos', onde sempre fazia uma pergunta referente à arbitragem.

"Fiz 15 anos o [quadro] no programa 'Bem Amigos'. Eu escrevia, editava, bolava... Porra! É uma mão de obra do cacete! Eu saía daqui do Rio às 8h30, 9 horas da manhã, chegava lá [na sede da TV Globo em São Paulo] e selecionava o lance. Eu ainda botava comida, eu apostava...", comentou Arnaldo ao recordar que pagava um jantar ao participante do programa que acertasse a pergunta sobre uma determinada regra do futebol.

"Eu tinha que ver todos os jogos, todas as polêmicas e botar imagem lá, porque eu acho que os programas para serem bons tem que ter imagem pra cacete!", acrescentou.

Demissão (e volta) na Globo

Friedemann Vogel/Fifa via Getty Images

Briga ao vivo com Sérgio Noronha

Velhos amigos, Arnaldo e o jornalista Sérgio Noronha, ex-comentarista da Globo, protagonizaram em 2005 uma discussão ao vivo na transmissão do clássico Fla-Flu no Brasileirão.

Na ocasião, os dois discordaram sobre a atuação do árbitro da partida, Djalma Beltrami. Noronha chamou o juiz de frouxo e que havia complicado a partida. Irritado, Arnaldo rebateu ao dizer: "como eu não me meto na parte técnica, não gosto que você se meta na parte de arbitragem".

"Aquele jogo estava uma guerra, o pau comendo. O juiz pulando pra burro para apitar o jogo. O Sérgio Noronha dizia que o juiz não estava bem. Tentei explicar que o Djalma estava levando o jogo, que estava administrando. Aí, faltando um minuto para acabar, houve uma briga lá e ele botou uns jogadores para fora [Romeu, do Fluminense, Jônatas e Diego Souza, do Flamengo foram os expulsos na partida]. Então o Sérgio disse: Não falei, Arnaldo! O juiz é um banana."

"Chegou um momento que a paciência... Então eu disse que não me metia na parte técnica e nem na parte tática e que ele não poderia se meter na arbitragem. Acabou o jogo, e peguei o carro e saí fugido da cabine, fui para o hotel. O Luiz Fernando [Lima, diretor de esportes da emissora na época] me ligou e disse que não poderia fazer aquilo. Falei que ele estava certo e que eu havia errado".

Concorrência com Wright

Em maio de 2018, o também ex-árbitro José Roberto Wright disse ao UOL Esporte que ele era o criador da famosa expressão "a regra é clara", e que Arnaldo havia tomado a frase "na mão grande".

Conhecidos de longa data, os dois também trabalharam juntos como comentaristas de arbitragem por mais de uma década. Apesar do convívio de anos, Arnaldo Cezar Coelho revelou que o ex-colega tentou puxar seu tapete na Globo.

"Quando parei de apitar, eu já era instrutor de árbitros da Fifa, ele também se tornou instrutor. Quando passei para Globo, falei: 'não quero mais vínculo com a Fifa, porque eticamente não posso ter'. Pedi para sair. Ele não, ficou numa comissão. Entrava mudo e saía calado. Ficava amigo dos caras de arbitragem, mas não apitava nada, ganhava a diária. E ele chegava dentro da Globo e falava para o Luiz Fernando [Lima, então diretor de esportes da emissora]: 'Porra, eu tô por dentro de tudo da Fifa e quem faz jogo de seleção é o Arnaldo'."

DOMICIO PINHEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

"O Luiz Fernando disse: 'Porque o Arnaldo tem mais embocadura que você, tem mais experiência e tal'. Ele ficava puto. Passados os anos, o Zé ficou doente [foi diagnosticado com Mal de Parkinson]. E a Globo não aguentou mais ele, porque começou a não ver mais os lances, não falar direito e tremer todo. Hoje, o Wright me liga toda hora. Ele fez uma operação, botou uma placa na cabeça. Pô, ele está sempre comigo. Hoje, ele está trabalhando na CBF."

Em maio de 2018, Wright, implantou um chip no cérebro para se livrar dos tremores provocados pelo Parkinson, doença diagnosticada em 1986.

O Arnaldo vai ter substituto na TV?

Não tem, não tem. Cada um é uma característica diferente, uma maneira de trabalhar. Quem é o substituto do Galvão Bueno? Você não sabe. Quem é o substituto do Luciano do Valle? Não estou querendo me comparar. Cada um tem o seu estilo, sua época e sua maneira de ser

Arnaldo Cezar Coelho, sobre a nova geração de comentaristas de arbitragem na TV

Alex Livesey/Getty Images

Atuando como "repórter" na Copa das Confederações

Howard Webb apitava a estreia da seleção na Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, e por pouco não prejudicou o time de Dunga. Nos minutos finais, o zagueiro Lúcio pegou uma sobra e bateu forte, mas Al Muhamadi impediu o gol com o braço. O árbitro inglês apontou escanteio, mas após muita reclamação, voltou atrás e assinalou o pênalti que garantiu a vitória do Brasil por 4 a 3 sobre o Egito.

Arnaldo estava trabalhando naquele jogo, em umas das cabines de imprensa do estádio Free State, e percebeu algo de estranho no comportamento do juiz, com indícios de interferência externa.

"O replay mostrava que o cara botou o braço, cortou com a mão. Aí o Lúcio gritava: 'Mão! Mão!' E ele, córner. De repente, ele apontou pênalti! Foi lá e vermelho no cara. Pensei, que troço estranho. Aí acaba o jogo, eu desço as escadas e encontro o Webb no saguão. Falei para ele, no meu inglês de Tarzan: 'Vem cá, quem te falou que foi pênalti? O árbitro reserva?' Porque foi o árbitro reserva. Ele falou: 'My conscience' ('Minha consciência'). Porra, que consciência é o cacete!"

"Voltei [para a cabine]. Então o Mosca [cinegrafista da Globo] falou assim: 'Arnaldo, eu peguei todo teu diálogo com o cara. Peguei toda a imagem'. Aí eu fui no Tino [Marcos, repórter da emissora] e falei isso e isso com o juiz e o Mosca tem. Aí o Tino: Jornal Nacional! Se você está no momento certo, pega a notícia certa."

Motivação caiu após final da Copa de 1982

Antes da experiência na Globo por quase três décadas, Arnaldo já havia alcançado um grande objetivo profissional: apitar uma final de Copa do Mundo, feito alcançado na Espanha, em 1982, aos 39 anos.

Quatro anos antes, o brasileiro esteve no Mundial da Argentina e arbitrou o duelo França x Hungria. Já em 1982, foi designado pela Fifa para ser o juiz do confronto entre Alemanha e Inglaterra, além da decisão em Madri. Arnaldo ainda atuou como juiz por mais sete anos após a Copa na Espanha, mas já sem a mesma motivação.

Reprodução

"Eu tinha um projeto de vida. Quando eu comecei a apitar na praia, eu disse: eu vou apitar no Maracanã. Quando eu comecei a apitar no Maracanã: eu vou chegar a árbitro internacional. Quando cheguei a árbitro internacional: eu vou para a Copa."

"O problema maior foi quando eu apitei a final da Copa. Eu já tinha atingido tudo, ter apitado decisões no mundo todo, em quase todos os continentes. Além do mais, eu tinha a responsabilidade muito maior, porque eu não podia errar. Quando eu comecei a notar que eu olhava no relógio e começava a ver o tempo de jogo, eu disse: Esse troço não está legal. Eu aguentava o ritmo, mas não estava feliz."

Eu pensei: 'vou levar essa bola'. Acabou o jogo e falei para o Havelange (presidente da Fifa): 'o que o senhor acha? Dou para o filho do Juan Carlos? [Rei da Espanha, na época]'. Ele disse: Não, não dá, fica com você. Desci com a bola, esvaziei e eu tenho aqui em casa até hoje

Arnaldo Cezar Coelho, sobre a relíquia da final da Copa de 1982 entre Itália e Alemanha

Quem ganha dinheiro com o VAR?

JC Pereira/AgNews

Começou apitando na praia (e fugindo da porrada)

Arnaldo Cezar Coelho é formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre 1964 e 1989, exerceu a árdua função de comandar partidas profissionais. Mas tudo começou na juventude, aos 16 anos, na praia.

"Eu morava em Copacabana, e tinha futebol de praia. Eu era um cara esforçado, jogava no aspirante e levava as camisas para casa, que a gente lavava e desbotavam todas no tanque porque era tingimento. No jogo de cima, uma vez não foi o juiz, porque o jogo era muito difícil, e juiz na praia sempre apanhava. O pessoal tomava o apito do juiz no meio do jogo."

"Os meus amigos falaram: Arnaldo, apita lá! Eu falei: 'Eu vou apitar e ninguém vai me tirar. O que eu apitar vai levar até o final. 35 minutos de cada tempo, vocês vão me aturar até o final, se eu não souber apitar, vocês também não sabem jogar, ninguém é craque aqui!' E levei o jogo."

Apesar do jeito durão, Arnaldo recordou que precisava recorrer ao mar em algumas ocasiões para não apanhar após o apito final.

"Eu era magrinho, mas corria bem. Depois do jogo, o pessoal do paredão, que é o calçadão de Copacabana e de Ipanema, descia para reclamar do juiz. Então, eu terminava o jogo perto da beira d'água e mergulhava. Saía a nado. Quando escurecia, olhava se não tinha ninguém e voltava. Se os caras continuassem na areia para querer me esperar, nadava por cerca de uma hora."

Ameaças e "fuga" de camburão

Eu fui apitar um jogo em Barranquilla (Colômbia), e tinha um papel embaixo do banco do vestiário. Eu, curioso, peguei o papel: 'Si nuestro equipo pierde, usted es un hombre muerto' ('Se nossa equipe perder você é um homem morto')

Sobre os tempos de arbitragem pela América

No interior os estádios estavam em obra, tinha pau e pedra. E o cara do interior não se convence, não quer perder. Eu tomava banho até tarde, sem pressa. Esperava o camburão, que me levava para a beira da estrada

E sobre a pressão no interior de São Paulo

Qual é o time de coração do Arnaldo?

Apesar de a revista "VIP" ter exposto em 2012 os supostos times do coração de jornalistas e comentaristas que trabalham com futebol na televisão brasileira, Arnaldo Cezar Coelho nunca quis revelar qual é o clube preferido.

"Eu sempre brinquei. Quando eu comecei a apitar muito garoto, dizia que eu havia esquecido o clube. O que é pior, você passa a ver o jogo de tal maneira, tão fria, e é um perigo de você ficar influenciado, de apitar jogo do time que você torce e apitar contra o seu time para apostar com os amigos que você não é aquele time. É engraçado, isso eu aprendi muito cedo."

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