Cai, mas levanta

Adilson Batista relembra os erros da carreira, à espera de uma nova oportunidade no futebol

Luiza Oliveira e Vanderlei Lima Do UOL, em Belo Horizonte Pedro Vale/AGIF

Adilson Batista sabe bem o que é cair. Já levou muitos tombos. Da vida e até de si mesmo com os erros que admite ter cometido na carreira. E a cada queda ganhou ainda mais força para se levantar. O ex-zagueiro, capitão, raçudo sabe que não adianta ficar chorando. É preciso ir à luta.

Foi indo à luta que se tornou um dos maiores zagueiros do Brasil na década de 90. Rejeitado por Grêmio e Corinthians após quebrar a perna duas vezes com direito a uma atrofia de 4 cm, apostou em si e comprou o próprio passe. Deu certo. Acolhido pelo Inter, virou ídolo e fez história no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e até no Japão.

"Se você olhar a minha história, eu quebrei a perna duas vezes em um ano. Fiquei seis meses parado numa, e dez na outra. Eu fui jogado no INPS. Naquele tempo era gesso, tinha atrofia de 4 cm.  Eu me ofereci para o Grêmio, me ofereci para o Corinthians. 'Porra, esse cara vem com a perna quebrada'. E olha o destino, fui jogar nos dois. E você treinando, treinando, treinando. Aí você estoura o joelho, você tem lesão na C5 e C6 da coluna, você quebra o nariz numa decisão e volta e joga, você tem fissura no pé", lembra em entrevista ao UOL Esporte, concedida cinco dias antes de ser dispensado do América-MG, seguindo 10 jogos sem vitória. 

E é indo à luta mais uma vez que ele tenta se reerguer como um técnico de ponta depois dos erros de gestão na carreira que culminaram em passagens frustradas por Corinthians, Santos e São Paulo. 

"Vou ficar chorando? A gente é zagueiro, é do Sul, fui criado no interior. É raça mesmo, a gente tem que lutar, é o brasileiro. Não perco tempo para ficar chorando. Lugar para ficar chorando eu vou lá na missa. Vou lá rezar um pouquinho que é bem melhor"
 

Pedro Vale/AGIF
Juan Mabromata/AFP

As noites perdidas de sono

Antes de se levantar, é preciso cair. E as quedas são duras. Para o apaixonado por futebol que dedicou sua vida inteira ao esporte, a dor é ainda maior. E, então, o durão chora, perde o sono. 

Adilson foi o Capitão América no Grêmio e conquistou o mundo no Corinthians, porém como técnico ainda está em busca de seu grande trunfo. Essa gana de vencer o atormenta e já lhe custou muitas noites.

"Já não dormi várias vezes. Já saí de determinados clubes jogando bola, fui para outros e chorava de noite quando saía dos treinos. Porque não conseguia. Tem clubes que trocam 30 passes, tem outros que com cinco perdem a bola. Você não dorme. Você fica se remoendo. Aí você vai de novo para o trabalho". 

Mas ele não é de desistir. Transforma a frustração em motivação para alcançar o auge também como técnico. "Sonho? Tô com 50, né, cara. Eu quero ganhar uma Libertadores ainda como treinador, depois eu ganho o Mundial. Ainda vou ganhar um Brasileiro. Isso aí é o sonho e vou trabalhar para isso. Daí vocês tão liberados para me entrevistar de novo. Nós vamos tomar um vinho".

As escolhas erradas de Adilson

Danilo Verpa/Folhapress Danilo Verpa/Folhapress

Juvenal: "Se não ganhar, não sobe a escada do Morumbi"

O trabalho no São Paulo em 2011 foi marcante para Adilson. Era a terceira passagem pelo maior centro do país em apenas um ano. Depois de deixar o comando de Corinthians e Santos com poucos meses de trabalho, ele sabia que não podia mais errar. Mas as coisas não aconteceram como o planejado, mais uma vez. Foi demitido após uma derrota para o Atlético-GO por 3 a 0, em Goiás. Hoje, se lembra até com bom humor do alerta recebido pelo então presidente Juvenal Juvêncio.

"No São Paulo, eu empatei demais. Eu empatei nove jogos. Eu lembro do seu Juvenal, até tenho muito respeito por ele, adorava ele. Ele me falou num jogo lá em Goiânia: 'Batista, se não ganhar o jogo lá você não vai subir mais a escada do Morumbi, meu filho'. Aí perdi o jogo, falei: 'tô fora'". 

Apesar do desfecho, Adilson tem a consciência tranquila de seus esforços pelo Tricolor. "Tentei fazer o melhor, porque eu respeito o São Paulo, é um clube organizado. Tentei me dedicar ao máximo, morei lá no CT para ficar no clube porque eu sei o que representa trabalhar num clube como o São Paulo. Eu queria dar certo, infelizmente, faz parte da profissão".

Não é pretexto e não é motivo de desculpa, se você pegar as entrevistas dos presidentes você vai observar que todos me elogiaram, todos falaram bem do meu trabalho e que eu não era o único culpado. Futebol é coletivo. Às vezes você perde uma chance aqui.

Adilson Batista

No Brasil, ser técnico é ter mala para um mês

Adilson Batista ama o ofício que escolheu para a vida. Mas sabe o quanto a função é árdua. O técnico é responsável por muito mais que campo e bola e precisa lidar com uma pressão que pode beirar o desumano. Mais que isso, tem que aprender a viver com uma malinha de mão. 

"No Brasil, ser técnico é ter mala para um mês, para dois, para três. Não é fácil, não. Eu confesso que é melhor ser quarto-zagueiro. Vida de treinador é gerir muita coisa, planejar, executar, observar, cobrar, analisar, rever, ter conceitos, lidar com imprensa, gestão de grupo, direção, torcedor. É muito mais desgastante. Muita cobrança. Muita pressão". 

Os técnicos no país não conseguem manter o trabalho e ficam à mercê das escolhas do presidente e do poder financeiro do clube. "Foram três anos de Cruzeiro com 92 jogadores. O Muricy trabalhou com 72 atletas no tricampeonato do São Paulo. Chega, vem, vende, vai embora. Não dá. A gente não consegue montar o time, diferente do Guardiola lá. E quem manda no clube é o presidente. Eu sou treinador de futebol. Eu tenho os meus gostos. Quando está iniciando a temporada eu falo: "ó, esse, esse e esse". Aí entra o aspecto financeiro". 

"O professor Pardal é um gênio"

Jorge Araújo/Folhapres

Simples é melhor

Adilson Batista ganhou o apelido de professor Pardal por 'inventar' nos times onde trabalhou. Com os anos de experiência, passou a valorizar a simplicidade e a ver como a melhor maneira de chegar às vitórias. "Hoje, estudando, mais simples é o melhor. Não adianta você ter 800 treinos. Você tem que saber onde você está, qual o grupo que você tem, qual o teu objetivo e o que eles podem te dar". 

Mas fazer o simples não quer dizer que seja fácil. É preciso ter inteligência e mudar a forma de pensar, algo que os grandes craques faziam. "Eu gosto do simples e falo para eles: 'simplifique'. A bola caía no pé do Zico e ele dava de primeira. Às vezes a gente quer segurar, dar o drible errado, chamar atenção. É difícil fazer o simples. Tem que ter talento para fazer o simples". 

Futebol ligado no 220V

Adilson Batista não para. Ele se define até como hiperativo. Está o dia todo assistindo a jogos, fazendo planilhas, pensando no trabalho. Na beira do campo, não é diferente. Este é o seu estilo.

"Eu acho que a gente tem que ser autêntico. Eu não vou ficar dormindo. Eu sou hiperativo. Eu trabalho assim. Se você me observar no treinamento, eu sou assim. Eu falo, eu grito, eu xingo, eu elogio, eu reclamo, eu cobro, eu abraço. Eu sou autêntico, eu sou puro, eu sou verdadeiro, tento ser honesto. É isso que eu passo". 

Adilson acha fundamental vivenciar o clube dia e noite. Por isso, morou no CT na época em que trabalhava no São Paulo. E até levou uma bronca do colega, o técnico Emerson Leão, que disse que ele precisava espairecer. 

"O Leão, eu lembro na ocasião, ele falou acho que eu estava morando muito no CT e que eu precisava sair um pouquinho dali, mas são conselhos que a gente vai aprendendo na vida. Às vezes você está vivenciando demais o clube, enfim, você quer acertar. Eu tentei me dedicar. Eu procuro também vivenciar o clube. A gente tá vivenciando o dia a dia para fazer o melhor".

Robson Ventura/Folhapress Robson Ventura/Folhapress

Pero Vaz de Caminha com pinta de técnico

O interesse pela formação das peças e dinâmicas que compõem uma boa equipe eram evidentes desde cedo. Adilson Batista foi um grande zagueiro. E foi ali, na parte de trás do campo, que desenvolveu um olhar analítico que o ajudaria a ser tornar técnico. Andava para todo canto com seu caderninho de anotações. A prática, pouco comum entre os colegas, lhe rendeu o apelido de Pero Vaz de Caminha, o famoso escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral, responsável pela carta enviada a D. Manuel I em que se relata o descobrimento do Brasil. 

"Eu sempre fui de marcar treino, de marcar jogada, de estar assistindo a um jogo e escrever. O Rubens Minelli me chamava de Pero Vaz de Caminha. Eu estou no quarto, eu estou anotando alguma coisa. Aí eu levo para o treino. Tenho um caderno que está sempre à disposição para escrever e marcar. Eu já era assim quando eu atleta", conta.

Adilson aprendeu muito com os atletas e técnicos que passaram pelo seu caminho e o orientaram. A lista é longa e inclui nomes como Nelsinho Baptista, Levir Culpi, Carlos Alberto Silva, Ênio Andrade, Felipão, Vadão, Oswaldo de Oliveira, Paulo César Carpegiani, Ivo Wortmann e Mário Sérgio. "Eu era chamado na sala deles, era orientado. Tinham jogadores experientes do meu lado que ajudavam. 'Não faz isso, faz isso. Cuidado, não atravessa a bola. Vai entrar aqui, vai ter penetração aqui'. Eu vi o quanto era importante ter pessoas experientes do meu lado me ajudando. Aos 18 anos não tem dinheiro que pague isso".

Carrinho inspirado em Maradona

Antônio Gaudério/Folhapress

Capitão América

e a final do Mundial com a coluna operada

O auge da carreira foi no Grêmio. Adilson se tornou dono da zaga, virou ídolo, foi campeão da Libertadores em 1995 e ganhou o apelido de Capitão América do jornalista Jorge Estrada. "Eu virei o Capitão América naquele grande time que nós fizemos nos anos que trabalhamos lá. Eu vejo com carinho. Fico contente e eu representei aquela geração".

Adilson chegou ao Grêmio no ano do título. Na época, ele tinha comprado o próprio passe depois das fraturas na perna e vinha de uma passagem frustrante pelo Atlético-MG na badalada 'Selegalo' que não vingou. Em um belo dia, estava de férias e o telefone tocou. Era um convite de Felipão. Foi um pulo até ser escolhido capitão do time.

Depois do sonho na Libertadores, veio a frustração no Mundial de Clubes. Mas Adilson não lamenta. Caiu de pé junto com o time na decisão contra o holandês Ajax, depois de encarar um grande sofrimento para estar em campo. Após uma lesão de hérnia de disco, operou a coluna a menos de dois meses da final. Mas deu duro e foi para o jogo.

"Eu fui para a decisão com 56 dias de cirurgia."

"Os médicos levam isso em simpósio. Uma semana antes nós jogamos contra o Criciúma. Aí eu cabeceei uma bola e deu um choque, mas eu não contei para ninguém. Falei: 'vou ficar quieto, mas eu vou para a decisão'. Porque eu queria jogar a final, e eu joguei muito bem". 

O jogo terminou em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação e foi para os pênaltis. Adilson não desperdiçou sua cobrança. Mas o Grêmio acabou derrotado. "Faz parte do jogo. Você olha o Van der Sar daquele tamanho. É igual bater pênalti no Dida e no Taffarel. Os homens abrem os braços e como é que bate?", conta. 

Mundial, enfim. Pelo Corinthians

Para mim, foi importante. Eu guardo com muito carinho, com muito respeito. É um título mundial. A gente está na história dentro de um clube grandioso como o Corinthians. Eu me sinto orgulhoso de fazer parte daquele grupo. O Corinthians é bicampeão do mundo. Nosso time também era bom. Os caras sabiam jogar bola. Você tem um Dida, Fábio Luciano, Kléber, Vampeta, Ricardinho, Edilson, Luizão, Marcelinho. O ruim era eu e o Índio ali.

Adilson Batista, sobre o título do Mundial

Adilson, o torcedor do Atlético-PR

Adilson já deixou os tempos de jogador para trás e tem quase 20 anos de carreira como técnico. Mas ainda mantém vivo seu lado torcedor. Ele é sócio do Atlético-PR e sempre que pode vai à Arena da Baixada com direito a camisa comemorativa para torcer pelo Furacão.

"Vou de camisa. Vou com uma camisa de 1968, uma retrô que é do Sicupira. Grande Sicupira! Estou sempre lá nos jogos. Eu sou sócio, tenho três cadeiras. É mais para ajudar e retribuir o que esse clube fez por mim. Me abriu as portas e eu sou muito grato a eles".

Ele guarda as melhores memórias do seu primeiro time. Chegou ao Atlético-PR ainda adolescente aos 17 anos e foi lá que realizou o sonho de se tornar atleta profissional. Ainda voltou ao clube como técnico em 2011 quando buscava tranquilidade após as passagens por Santos e São Paulo.

Hoje, Adilson apoia a gestão polêmica de Mário Celso Petraglia, presidente do Comitê Deliberativo do Atlético-PR e quem dá as cartas no cube. "Ele tem muito mérito na construção. Acho que o grupo de notáveis foi importante para que o Atlético crescesse e virasse esse clube muito bem organizado que é hoje".

Heuler Andrey/AGIF/Folhapress Heuler Andrey/AGIF/Folhapress

Família, tênis e pesca no tempo parado

Adilson Batista viveu um período desgastante na carreira com passagens turbulentas por Corinthians, Santos, São Paulo e Vasco. Em 2015, após ser demitido do Joinville, deu um tempo no trabalho por três anos. Só voltou em 2018 para comandar o América-MG, com a missão de salvar o time do rebaixamento. Muitos acharam que o técnico havia sido rejeitado pelo mercado, mas ele achou que era hora de parar e refletir.

"Eu li uma vez que o treinador precisava trabalhar oito meses e descansar quatro. É desgastante. Eu acho que nesse período eu recebi cinco ou seis convites da Série A. Três ou quatro da Série B. Alguns eu gostaria de ter acertado, outros eu agradeci e outros não foi possível". 

Ele aproveitou para estudar, ver jogos, fazer contatos e também aproveitar a vida pessoal. "Estava fazendo a pró da CBF, fui à Universidade de Viçosa, à Florida Cup, a congresso e simpósio no Paraná e nos EUA. Assisti a jogos na Inglaterra. Fui para o Paraguai, Argentina, Chile. Troco informações com muita gente que é do meio". 

"Curti a minha família, as filhas. Aproveitei os amigos, joguei a minha bola, joguei meu tênis, fui pescar, andei de bicicleta, nado e continuo gordo (risos). Tomei meu vinho. Graças a Deus, estava sossegado. E aí surgiu o convite do América-MG".

Os pitacos de Adilson

Marcello Zambrana/AGIF

Técnico brasileiro x estrangeiro

"Acho essa troca muito saudável. Aqui nós tivemos o Aguirre fazendo um grande trabalho no São Paulo, no Inter e fez no Atlético-MG com linhas altas e compactação. Nós precisamos valorizar o Pékerman, o Gareca que veio para o Palmeiras, o Osorio, que tem uma linha boa de trabalho, o Bauza. Eles vão ter dificuldade, como de fato tiveram, e foram mandados embora. Por quê? É calendário, desgaste, mentalidade, logística. Tem uma questão conceitual em que lá fora existe o revezamento, ainda nós não temos essa cultura. Porque o atleta nosso sai daqui e vai para o banco lá. Aqui não. Ele quer jogar todas."

AFP PHOTO / Christof STACHE

Sem um 9 de referência

"Hoje é rápido, é dinâmico, é intensidade com velocidade e compactação. O maior time do mundo nos últimos tempos jogou sem um nove. O Barcelona do Guardiola. Brincava de jogar bola. A seleção de 70, a maior seleção do mundo, jogou sem 9. Não precisa de um 9. Tem que ter talento. Eu prefiro um jogador com habilidade, com técnica, mas que tenha dinâmica. Você vai para o Bayern e está lá o Lewandowski, você vai para o PSG e está o Cavani, você vai para o Barcelona está o Suárez. E nós estamos atrás de um 9 referência. Aí nós vamos ficar para trás mesmo."

Apu Gomes/Folhapress

Papel da imprensa

"A análise tem que ser mais minuciosa. Está muito raso esse debate, a gente precisa melhorar. São conotações que às vezes não tem necessidade. Você julga todo um trabalho em função de uma bola que entrou e de uma derrota. O Felipe saiu do Grêmio, era velho. Entrou o novo, que é o Roger. Agora você olha no Palmeiras, três anos depois. O Roger saiu e voltou o Felipe. Agora, o Felipe virou novo e o Roger virou velho. Rapidinho. Ficam julgando, rotulando. O que está faltando é nós interagirmos, conversarmos, discutirmos, explicarmos para que a gente melhore o processo de informação para o telespectador."

Kazuhiro Nogi/AFP

Falta educação no país

"O maior problema nosso é educação. Eu vou te dar um exemplo do que eles pensam sobre nós. Eu estava fazendo um jogo pelo Jubilo (Iwata-JAP) contra um holandês e, queira ou não, caía um, segurava, fazia uma falta. O treinador holandês veio falar que eu estava ensinando japonês a ser malandro, a cavar falta, a segurar a bola, a enrolar. Eu não pedi isso. Mas eu pago pelo país. O vaso aqui está cheio de bituca de cigarro. É a nossa educação. Aí você quer cobrar o quê? No dia em que o governo investir 10% do PIB, mas com qualidade, em educação, nós vamos ter um profissional melhor, um atleta melhor, um torcedor melhor, um jornalista melhor."

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