Ex-rebelde

Comportado e em nova profissão, Elano quer se descolar da imagem de jogador em mais uma reviravolta

Gabriel Carneiro, Karla Torralba e Luis Augusto Símon do UOL, em São Paulo Fernando Moraes/UOL

Criado na roça em família de boias-frias, Elano queria usar o futebol para ajudar os pais. Demorou para conseguir, mas quando conseguiu triunfar com a bola nos pés, foi para valer. Transformou-se em ídolo de um dos principais clubes do país, foi esperança da seleção em Copa do Mundo e viveu bons momentos na Europa.

Elano também passou pelo deslumbramento, tomou atitudes que hoje julga erradas, ficou mais rebelde e repensou a vida e a religião. O futebol também apresentou o álcool.

Eu não bebia. Meu pai nunca bebeu. Eu comecei a beber com 20 anos e bebi até os 30".

"O futebol te oferece muitas coisas e muito rápido. Eu cheguei no Santos em 2000, em 2002 eu fui campeão brasileiro, em 2003 fui vice-campeão brasileiro e vice da Libertadores, em 2004 eu fui campeão brasileiro de novo. Nesse período, já tinha sido convocado para a seleção de Ronaldinho, Ronaldo, Cafu e Roberto Carlos. Você imagina a reviravolta que dá. Você tem que tomar cuidado para não se perder. Se você não consegue filtrar e dar uma fechada na tua vida, ela toma rumos muito perigosos", desabafa em uma longa entrevista ao UOL Esporte, exibindo maturidade (e alguns fios de cabelos brancos).

Elano transita pelas várias reviravoltas da carreira e da vida: o jovem jogador, o homem da seleção no último título de Copa América, o amigo de Robinho, o arrependido por deixar o Manchester City antes da fase de glórias, o marido da Alexandra e, por fim, o treinador de futebol.

Fernando Moraes/UOL
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Amor de infância resistiu à rebeldia

Alexandra sempre esteve ao lado de Elano, mesmo antes do futebol. Os dois são de Iracemápolis, cidade do interior de São Paulo, e se conheceram aos 14 anos, na escola. As fases rebeldes do jogador famoso tiveram o suporte dela, mesmo após um período de separação e aventuras em 2011. Elano e Alexandra reataram e têm três filhas: Maria Teresa, Maria Clara e Maria Júlia.

"Ela foi guerreira. Tudo que eu sou, que eu tenho, a minha família, até mesmo hoje, financeiramente, como ser humano, de ter revisto algumas coisas, eu tenho que olhar para ela todo dia. Ela foi uma Maria na minha vida. Confesso que não conheço história igual de mulher. Ela me abraçou em todos os momentos que vivi da minha vida e disse: 'vou contigo, estou contigo'. Ela foi tudo para mim".

A separação em 2011 aconteceu em um dos momentos em que Elano ficou mais exposto na mídia e ganhou as páginas das revistas de fofoca ao lado da atriz Nívea Stelmann. Além da fama de rebelde. O romance breve e turbulento faz o nome ser proibido até hoje. Na entrevista, ele respondeu assim a uma pergunta sobre o relacionamento passado:

Tô fora. Esquece. Pode seguir. Fica à vontade".

"Nossa Senhora de Fátima apareceu do lado da minha cama"

Criado em família católica apostólica romana e praticante, Elano também se afastou da religião na época de rebeldia. Quando se transferiu para a Ucrânia, para jogar no Shakhtar Donetsk aos 21 anos, passou pela experiência mais íntima envolvendo a crença. Foi a chave para se reaproximar do catolicismo - hoje, o ex-jogador diz frequentar a Igreja semanalmente.

"Por um período, eu fiquei muito afastado disso tudo devido às minhas decisões. Não dá para atribuir às decisões de ninguém. Num período muito difícil que eu estava passando na Ucrânia, eu e a minha esposa. Eu presenciei a imagem de Nossa Senhora do lado da minha cama. Muito delicado falar isso", revela.

"Nossa Senhora de Fátima apareceu do lado da minha cama para mim. Era um momento muito turbulento da minha vida, em todos os aspectos. Imagina, 2005. A imagem apareceu para mim e me trouxe uma paz que eu não consigo te explicar."

Bellamy, Cuca e Peres: Elano dá sua versão sobre confusões

Amigão, mas chato: a nova face de Elano como treinador

Elano está no mercado. Aposentado desde 2016, espera convites para ser treinador. Até surgiram alguns, como do São Bento, faltando seis rodadas para terminar o Campeonato Paulista deste ano, mas ele recusou. Além de estágios, conversas e cursos (terminou a licença A da CBF na semana passada), ele conta com a experiência de 17 anos em campo e nove partidas como técnico do Santos em 2017 - assumiu o time em terceiro lugar do Brasileirão e terminou na mesma posição, com vaga na Libertadores.

O ex-jogador já se orgulha de alguns feitos deste curto período, como ter bancado a estreia do atacante Rodrygo aos 16 anos como profissional do Santos. Ele também desenvolveu o lado "amigão": "Um dia, fiquei de 0h até 2h com o Kayke, atacante do Santos, e o filho dele no hospital. Isso ninguém sabe, é a primeira vez que eu falo. Os jogadores hoje requerem isso, proximidade é importante. Como treinador, eu preciso ajudar na quinta-feira o cara que vai me ajudar no domingo. A diretoria nem soube que eu fui."

Eu quero ser amigo dos atletas. A relação pai e filho tem que existir. Mas a porrada também. Não sou só bonzinho, sou chato pra caramba".

Elano acha que essa relação mais próxima é exigência de uma nova geração de jogadores que não vê ofensa ou discussões como "uma coisa normal". Para ele, é a distância que cria conflitos. Pela proximidade com os jogadores do Santos em seu ano como auxiliar e técnico, ele mudou de vida: "Até de Santos eu vim embora porque, para mim, é muito difícil, a minha ligação com os atletas foi muito forte. Mas como vou encontrá-los hoje? Seria um desrespeito com o clube. Por isso acabei me retirando de Santos e estou morando em Campinas."

Fernando Moraes/UOL Fernando Moraes/UOL

Encontrei com o Guardiola em Manchester e ele falou assim: 'Tudo bem? Prazer'. Aí ele perguntou: 'Mas você gosta?'. Eu falei: 'Eu amo fazer isso'. Ele me deu um abraço e falou assim para mim: 'Nossa, que legal, mais um que gosta de futebol'. Isso para mim é o que vale, é o que me preenche. Então, por isso que eu quero ser treinador

Elano, sobre encontro com o técnico do Manchester City em novembro de 2018

"Você consegue olhar para mim sem ver um jogador?"

Elano admite que o principal desafio desta nova reviravolta como treinador é a imagem. Aos 37 anos, ele ainda é muito ligado à carreira como jogador. Não só por ter parado cedo, mas por ter crescido no futebol como um "Menino da Vila". "O meu lado ex-atleta vai existir sempre, porque os caras me veem como atleta. Mas eu espero que daqui a um tempo vocês consigam me ver só como treinador, porque aí é sinal que eu já tive muito sucesso", torce o ex-meia, que escolheu o ex-lateral-esquerdo Ivan, de passagens por Athletico e Fluminense, como seu futuro auxiliar.

Antes de o objetivo ser cumprido, Elano se dedica a atividades que remetem à carreira como jogador. Ele é comentarista de TV frequente no programa "Resenha ESPN", um bate-papo bem-humorado entre jogadores e ex-jogadores. Ele também disputa torneios de futevôlei e dá uma palestra intitulada "Assim me tornei Elano", obviamente sobre os desafios do futebol.

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O caminho traçado (e interrompido) na Copa de 2010

A saída do Manchester City foi calculada por Elano para chegar à Copa do Mundo de 2010 no auge de sua forma física. No contrato com os turcos do Galatasaray, o meia acertou valores e condições, e uma das cláusulas mais importantes era o número de jogos por mês: no máximo quatro. Tudo em nome da seleção brasileira. Ele estava seguro de que ajudaria a trazer o hexa. "Às vezes a imprensa me batia, mas já era um mecanismo para eu jogar a Copa do Mundo", explica.

O técnico da seleção na época, Dunga, soube do planejamento. "Eu expliquei que eu estava indo para a Turquia porque eu queria jogar. Ele falou que não teria problema. A gente sempre procura conversar com as pessoas que comandam a gente. Eu acho que é importante porque esses caras têm muito a acrescentar para a gente. Às vezes, eles vão passar algum ponto de vista que você não esteja pensando. Não só do profissional, mas do pessoal também."

A frustração de não ser campeão foi grande. O meia estreou na Copa da África do Sul fazendo gols contra Coreia do Norte e Costa do Marfim. Mas, no jogo contra os africanos, levou uma entrada dura do volante Tioté, lesionou o tornozelo e não voltou mais a jogar. O Brasil caiu nas quartas de final para a Holanda.

O difícil é quando acaba, quando foi desclassificado. Você entra no vestiário e todo mundo chorando. É um abraçando o outro e sentindo como se a gente tivesse perdido alguém da família. A gente se sentia muito confiante pra ganhar aquela Copa. Via jogadores consagrados, conceituados, ali chorando bastante com o que aconteceu

Elano, sobre a perda da Copa de 2010

Foram dois fatos [determinantes para a queda de rendimento do Brasil na Copa]: eu estar fora e o Ramires suspenso no mesmo momento. Ele era uma peça importante também. Essa Copa foi uma judiação, porque se aquela chapada do Kaká entra, 2 a 0, a gente passava. Mas tomar uma virada é difícil, adversário muito qualificado

Elano, sobre a eliminação para a Holanda

Real Madrid observou Elano durante a Copa de 2010; veja

O erro na Copa América: Elano perdeu pênalti e o lugar na seleção

Em ano de Copa América no Brasil, Elano é personagem importante na seleção brasileira quando o assunto é a competição. Ele fez parte do último título da equipe, em 2007, e vestiu pela última vez o uniforme amarelo em uma amarga derrota no mesmo torneio, nos pênaltis, contra o Paraguai, em 2011. Foram quatro erros brasileiros, um deles de Elano, que viu a bola voar em direção à arquibancada. Thiago Silva, André Santos e Fred também desperdiçaram cobranças naquele dia.

"Entrei aos 47, perdi o pênalti aos 48 e só sobrou para mim. O Fred voltou, o Thiago Silva voltou, o André Santos voltou e eu nunca mais voltei [para a seleção]. E só entrei para bater o pênalti. Como eu vou ficar brigando com uma situação que não vai voltar mais? O campo escorregou, mas não dou desculpa. Eu não fico sentado muito em cima de muleta. Errei e ponto".

"Na seleção brasileira, você dorme bem e acorda com tumulto, porque ela é muito grande, ela é gigantesca. Tem que ter um lado emocional muito, muito consistente", diz Elano, lembrando-se do último título da Copa América, em 2007. "3 a 0. Puta time da Argentina. É isso que eu digo: jogar na seleção não é só técnico e tático. É mental. O lado mental influencia muito."

Fernando Moraes/UOL Fernando Moraes/UOL

Reencontro com Messi e mal entendido após 8 anos

A Copa América de 2007 vencida pelo Brasil não foi o único encontro entre Elano e Messi. Os dois jogadores voltaram a se enfrentar depois de quatro anos, na final do Mundial de Clubes, mas desta vez o argentino foi quem levou a melhor: 4 a 0 do Barcelona sobre o Santos no jogo que o técnico Pep Guardiola definiu como o auge de sua passagem pelo clube espanhol. Neste ano, o brasileiro disse ao site "Yellow and Green Football" que pediu para Messi e o Barça darem uma "segurada".

A revelação do que foi praticamente um pedido de clemência do santista não pegou bem entre os torcedores. E Elano agora tem procurado esclarecer o que para ele foi "uma brincadeira que gerou exposição negativa". "Eu não disse a ele para não jogar e ele não disse que não ia jogar. São brincadeiras que a gente faz dentro do campo, tipo: 'porra, Messi, caraca, vocês não param.' Você acha que o cara vai acatar? Ele não é meu amigo pessoal. Ele quer mais é fazer cinco, seis, sete, oito. Ele não está nem aí. Você acha que eu tenho esse poder sobre o Messi? Para, pô! Mas tudo bem, eu entendo. Peço desculpas ao torcedor do Santos se foi colocado de uma maneira errada. Mas em nenhum momento houve algo mais grave do que os 4 a 0 que nós perdemos", reflete o ex-jogador que começou no banco em Yokohama.

Na hora que nós tomamos o terceiro gol, com jogada de Jordi Alba e Daniel Alves, os dois laterais dos caras, foi que eu falei: 'rapaz, fodeu, hein'".

Ricardo Nogueira/Folhapress

"Acho o Neymar tão bom quanto o Messi"

"O Messi tem a sua característica, a sua genialidade, e o Neymar tem a dele. Mas eu comparo, sim. O Neymar é tão grande quanto o Messi. Lógico que o Messi alcançou coisas maiores porque o Messi também é mais velho. Eu acho o Neymar tão bom quanto o Messi. E eu também já enfrentei o Neymar. Foi num Grêmio x Santos. Dei um carrinho nele, rapaz, sorte que consegui pegar a bola, porque ele saiu me xingando. Eu falei: 'porra, guerreiro, se eu não pego a bola você vai dentro do gol.' Mas foi bem saudável. Ele sabe que o meu carinho por ele é muito grande. Meu carinho e meu carrinho [risos]. É um moleque especial, gosto muito dele."

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Fernando Moraes/UOL Fernando Moraes/UOL

Da faixa virada ao hall de ídolos

Elano defendeu outros três clubes brasileiros e quatro no exterior, além da seleção brasileira, mas tem orgulho por sua imagem ser associada sempre ao Santos. Foram três passagens, 322 jogos e sete títulos. O mais marcante deles nem é a Libertadores que deu vaga no Mundial, mas o Brasileirão de 2002, que encerrou um jejum de 18 anos do clube sem conquistas importantes.

"O cenário era precário, era difícil. A gente jogava com torcedor virado de costas para o campo e com faixa de cabeça para baixo. Tomava café dentro de Kombi. Só que era o momento para reverter tudo e entrar na história do clube", relembra o ex-meia.

"Dentro de todas as irresponsabilidades que a gente tinha, de palhaçada, de zoeira, de brincadeira, quando a gente entrava para treinar e jogar era sério. Um queria proteger o outro, um queria defender o outro, um brigaria pelo outro. E o maior legado que nós deixamos de 2002 para o clube foi o resgate da história, da imagem, de financeiramente termos pagado muitas contas e, o mais importante, conquistado títulos. O Santos é para estar na página principal, onde sempre mereceu devido à história. Nós devolvemos."

Elano acredita que a identificação com o Santos não irá fechar seu mercado como treinador. Inclusive, um dos estágios que realizou foi na base do Palmeiras.

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Fernando Moraes/UOL

Saída do City é arrependimento

Elano admite os erros que cometeu. Mas não diz a palavra arrependimento muitas vezes. Durante a longa entrevista com o UOL, só fez uma vez, ao contar como saiu do Manchester City. Ele atuou por lá nas temporadas 2007/2008 e 2008/2009, atuou ao lado de uma geração de brasileiros, como o amigo Robinho, e fez parte do início da fase de altos investimentos do clube, atual bicampeão inglês.

"Eu me arrependo. Ter ido para o Galatasaray foi bom, mas eu deveria ter ficado mais na Inglaterra. Eu tinha mercado para ficar. Deveria ter continuado. Peguei o início desse processo do City de hoje. Pude quebrar algumas marcas, como vencer os dois clássicos contra o United, que há 20 anos o City não vencia, ganhei prêmio de melhor do mês na Premier League... São marcas que foram importantes. Infelizmente não consegui ganhar os títulos."

Ao lado de Robinho, Elano relembra situações engraçadas na Inglaterra, porque o amigo não sabia falar o idioma local.

"Teve um jogo em que o [técnico] Mark Hughes começou a falar para ele em inglês que tinha que voltar para marcar. Aí ele me perguntou: 'O que o treinador está falando?'. Eu falei: 'Para você voltar, porque você não está marcando, é para voltar. Você só quer atacar.'

Ele olhou para o treinador e disse: 'Mister, eu não vou fazer come back. Eu come back, no gol. Come back, no gol'. Estava o time inteiro ouvindo. Ele olhou para mim, me chamava de carpete por causa do cabelo grande: 'Porra, Carpete, me ajuda'. 'Ajuda de que jeito? Não estou aguentando nem falar'.

O Mark Hughes olhou e falou: 'Fucking brazilian crazy, man [que brasileiro maluco, cara]'. Fomos para o jogo, todo mundo rindo. Não tem como ficar sério numa situação como essa."

Fernando Moraes/UOL Fernando Moraes/UOL

Fim de carreira com duas aposentadorias

Elano acreditou ter se aposentado aos 32 anos, após não conseguir se firmar no Flamengo - só 15 jogos e três gols em oito meses. Rescindiu o contrato com o clube carioca e também com o Grêmio, que o havia emprestado. Não queria mais saber de futebol profissional e passou seus dias jogando futevôlei na praia por 30 dias. Até que veio o inesperado convite para jogar na Índia.

Apareceu um cara de bicicleta, um amigo meu, Marcelo Sander, e perguntou: 'Quer ir para a Índia?'. Falei: 'Cara, eu parei de jogar. Vou fazer o que na Índia, velho?'. Resumindo, fui. Nossa, foi uma delícia".

Elano terminou 2014 como artilheiro do Campeonato Indiano. Uma "desaposentadoria" triunfal. Ele voltou ao Brasil de férias. "Fui jogar o 'Futebol Contra a Fome', do Alexandre Pires e do Fernando Pires, lá em Uberlândia. Estava o Robinho dando entrevista, eu passei atrás e o repórter perguntou: 'E o Elano? Vai para a Índia ou volta para o Santos?'. Aí o Robinho falou: 'Ele vai voltar para o Santos comigo'. Foram até mim e eu falei: 'O Santos, para mim, é sempre um orgulho'. Depois disso recebi umas 700 mensagens. E voltei ao Santos. Joguei 2015, ganhei o Paulista e fui emprestado para a Índia. Depois voltei em 2016 e nós ganhamos o Paulista de novo. Aí eu parei."

Parei saudável. Era a maior preocupação que eu tinha. De fazer as minhas coisas, andar de bicicleta, correr, pedalar, nadar, jogar bola, jogar tênis, correr, jogar futevôlei, que não pode faltar. E eu começo uma carreira cedo também. Começo a minha carreira de treinador cedo, então consigo ter aprendizados ainda mais rápido

Elano, sobre o fim definitivo da carreira

Fernando Moraes/UOL

Chapolin: o homem que quase evitou a história

"Jogar futebol era para tirar meus pais daquela vida de cortar cana, apanhar laranja e carregar lenha. Eu era molequinho e ficava em cima do caminhão. Aí vinham os caras jogar as caixas de laranja em cima do caminhão. Você desvira a caixa de laranja cheia e joga a caixa vazia para baixo. Aí veio o cara e jogou a caixa de laranja em cima da minha perna. Meu pai veio gritando: "Porra, meu dinheiro está aí. Vai quebrar a perna do meu filho". Eu nunca mais esqueci o nome do cara. Nome não, né? Apelido. O Chapolin quase acabou com a minha carreira."

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