Topo

Vaquinha arrecada R$ 69 mil para trazer corpo de surfista ao Brasil

Arthur Medici, estudante de engenharia, foi morto enquanto surfava nos Estados Unidos - Reprodução
Arthur Medici, estudante de engenharia, foi morto enquanto surfava nos Estados Unidos Imagem: Reprodução

Adriano Wilkson

Do UOL, em São Paulo

16/09/2018 17h38

A família do brasileiro Arthur Medici, que morreu ao ser atacado por um tubarão enquanto surfava nos EUA, arrecadou U$ 16,5 mil (R$ 69 mil) para transportar o corpo do estudante de engenharia para Vila Velha, no Espírito Santo. O valor foi arrecado em oito horas de campanha.

A página da campanha online traz uma pequena biografia de Arthur, que estava surfando na praia de Newcomb Hollow em Cape Cod, Massachusetts, quando foi atacado pelo animal, supostamente um tubarão branco:

“Arthur era um jovem muito feliz. Amava a vida e era um membro ativo da igreja cristã, devotando sua vida ao Senhor. Ele participava do grupo de oração da igreja de Revere [onde morava] e era muito envolvido nas atividades da igreja. Ele adorava hiking, andar de bicicleta, surfar e vários outros esportes. Nunca havia tempo ruim para ele. Ele estava sempre alegre e disposto a ajudar, ao ponto de alimentar pessoas sem-teto. Era noivo de uma gentil e amável estudante de medicina. Nossas vidas nunca serão as mesmas sem ele. Sua risada preenchia nossos lares e sua ausência será muito sentida.”

Arthur - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

A campanha pedia U$ 15 mil dólares, custo estimado para o traslado do corpo de Arthur até o Espírito Santo. Mas uma amiga da família disse que o custo exato do procedimento só será conhecido na segunda-feira, quando parentes de Arthur vão contratar o serviço em Boston.

A mensagem da campanha pede ajuda tanto “financeira quanto espiritual”.

Nos comentários que acompanham as doações, vários brasileiros e americanos se dizem chocado com a morte do surfista.

“Como parte da comunidade de Wellfleet, estamos profundamente abalados com a perda de nosso filho”, escreveu Beryl Meyer.

Moradores do balneário onde o ataque ocorreu disseram que tubarões têm sido vistos com mais frequência nos últimos anos. Eles têm se aproximado da praia para caçar focar. De acordo com a família, não era a primeira vez que Arthur surfava na praia, que após o acidente foi interditada para banho.