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Invicto em Copa Davis, Rogerinho se esquiva do rótulo de "amuleto" do Brasil

Rogério Dutra Silva sobe à rede para matar o ponto na partida contra Igor Andreev - EFE/Luiz Pires Dias
Rogério Dutra Silva sobe à rede para matar o ponto na partida contra Igor Andreev Imagem: EFE/Luiz Pires Dias

Rafael Krieger

Do UOL, em São José do Rio Preto (SP)

14/09/2012 17h56

Número 115 do mundo, o paulista Rogério Dutra Silva não tem grandes títulos no currículo, mas é o único da equipe brasileira que pode dizer que está invicto em Copa Davis. Foram três jogos, e três vitórias após o triunfo desta sexta-feira contra o russo Igor Andreev. Mas o tenista de 28 anos deu de ombros para o tabu positivo e negou qualquer pretensão de ser o “amuleto” do Brasil rumo à sonhada vaga no Grupo Mundial.

“Para falar a verdade, nem tinha pensado nisso ainda. Meu principal foco é trabalhar, e se Deus quiser vamos continuar vencendo. Mas é difícil, temos que estar focados, até porque não acabou nada e ainda tem muita batalha”, comentou Rogerinho após o jogo de 1h14min contra Andreev, que desistiu no final do segundo set com lesão no ombro.

Antes de superar o russo em São José do Rio Preto, Rogerinho já tinha outras duas vitórias em Davis no currículo, sem ter perdido um set sequer. Ambas no confronto contra o Uruguai pelo Zonal Americano no começo do ano passado: uma contra Marcel Felder e outra contra Martin Cuevas. O ponto que abriu o duelo contra a Rússia foi ainda mais importante, por dar tranquilidade ao Brasil na caminhada de volta à elite.

“Davis é um torneio diferente, sinto muito orgulho de representar o país. Fico honrado só de fazer parte da equipe. Saímos com o ponto, que é o mais importante. Não foi só o Rogério que venceu hoje, mas todos do time, e a torcida também tem sua parte nesse ponto”, declarou o brasileiro.

Apesar de não ter se desgastado tanto na vitória sobre Andreev, Rogerinho prefere não pensar se vai ou não precisar voltar à quadra no domingo para o último jogo, que pode definir o confronto caso a Rússia consiga se recuperar: “Se precisar de mim no quinto dia, vou estar 200%, mas não estou pensando nisso, nem se vai acabar antes. Fiquei muito feliz por jogar diante da torcida e consegui trazer isso a nosso favor. Espero que cada vez mais a torcida esteja com a gente em todos os jogos”.