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Nadal volta ao top 2 após um ano com recorde pessoal em quadras duras

Rafael Nadal sorri com o troféu do Masters 1000 de Cincinnati, conquistado no último domingo - REUTERS/John Sommers II
Rafael Nadal sorri com o troféu do Masters 1000 de Cincinnati, conquistado no último domingo Imagem: REUTERS/John Sommers II

Do UOL, em São Paulo

19/08/2013 08h59

Rafael Nadal é considerado o "rei do saibro". Não à toa, já que venceu, por exemplo, oito títulos em Roland Garros, o único Grand Slam no saibro, em nove participações. Mas a volta ao top 2 do mundo, nesta segunda-feira, após um ano, veio com uma taça em quadra dura - Cincinnati. E não só isso: em 2013, Nadal possui o recorde pessoal de triunfos seguidos na superfície, o que praticamente impede qualquer crítica ao seu tênis pós-cirurgia no joelho.

Ele só disputou três torneios em quadra dura no ano, mas saiu com o título em todos: os Masters 1000 de Cincinnati, Indian Wells e Montreal. Ou seja, possui 15 vitórias em 15 jogos na superfície, melhor sequência de sua vida.

“Isso significa muito, ser capaz de ganhar dois Masters 1000 em sequência em quadras duras. É simplesmente fantástico para mim”, disse, logo após o mais recente título.

“Nunca fiz isso na carreira. Então foi um momento emocionante para mim por motivos diferentes. Primeiro, vence um torneio importante. Depois, depois de todos os problemas que tive, foram duas semanas em quadras duras jogando no mais alto nível. Aí tem o ranking. Estou em uma boa posição”, completou o espanhol.

Outro recorde que fez Nadal voltar a ser número dois também foi alcançado no último domingo: com o quinto título em Masters 1000 no ano (além dos três já citados, venceu também em Roma e Madri), igualou marca só alcançada anteriormente por Novak Djokovic, em 2011.

Só que o ano ainda reserva dois torneios da segunda série mais importante do tênis: Xangai, em outubro, e Paris, entre outubro e novembro. Ou seja, Nadal pode bater o recorde do rival sérvio ainda em 2013.

Cincinnati também fez com que Nadal aumentasse outra marca que possui e que é a melhor da história: foi o 26° título de Masters 1000, cinco a mais que Roger Federer, segundo maior campeão da série. 

Agora, a busca é pelo retorno ao posto de número um do mundo. Nadal não aparece no topo do mundo do tênis desde junho de 2011. Para isso, conta com a pontuação dos nove títulos ganhos neste ano e com um fator ainda mais fundamental: ele joga até o final do ano sem pontos a defender.

Como passou esse período em 2012 contundido, joga sem responsabilidade e pode apenas somar pontos, enquanto seus rivais tem pontos importantes a defender. No Aberto dos EUA, por exemplo, Andy Murray, agora número três, defende dois mil pontos pelo título de 2012, e Djokovic defende 1,2 mil pelo vice.

Djokovic, o atual número um, ainda precisa defender mil pontos em Xangai, 500 em Pequim e 1,5 mil do Finals.

Portanto, a rota de Nadal para voltar o topo está longe de ser das mais complicadas. Se mantiver o ritmo em quadras duras que apresentou até aqui em 2012, é quase certo que, no final do ano, o espanhol voltará a ser dono do ranking. E provará que a lesão no joelho é passado de uma vez pro todas.