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Japonês quebra marca de 96 anos ao alcançar semi do Aberto dos EUA

Do UOL, em São Paulo

04/09/2014 06h00

Ele ainda não era nascido. Seu pai também não. Seu avô, possivelmente. Para descobrir quem da família de Kei Nishikori estava vivo em 1918, só acessando a árvore genealógica da família, já que nem o tenista deve saber. Mas qual o sentido dessa dúvida? Facilmente explicável: na última quinta-feira, Nishikori, 24 anos, se tornou o primeiro japonês desde 1918 a alcançar as semifinais do Aberto dos EUA.

Há 96 anos, Ichiya Kumagae esteve nas semifinais - ele não alcançou a decisão, que foi disputada por dois americanos. Então, se Nishikori alcançar a partida final, quebrará duas marcas: será o primeiro japonês na decisão nos EUA e o primeiro do país asiático em uma final de Grand Slam. Desde 1933, quando Jiri Satoh alcançou as semifinais de Wimbledon, nenhum japonês aparecia entre os quatro melhores em um Slam.

E a vaga veio em uma batalha de quatro horas e 15 minutos contra Stanislas Wawrinka, com parciais de 3-6, 7-5, 7-6(7), 6(5)-7 e 6-4. “Comecei um pouco duro, mas meu jogo estava ok. Durante o jogo, comecei a me sentir mais e mais confiante, especialmente no terceiro set. Não sei como fechei o jogo, mas estou muito feliz”, declarou, ainda em quadra, após a vitória.

“Me sinto muito bem, jogando bem. É meu Grand Slam favorito. Espero poder jogar 100% do meu tênis na próxima rodada.”

Se quiser chegar à decisão, é provável que tenha que jogar realmente 100%. Ele enfrenta Novak Djokovic, atual número um do mundo, que eliminou Andy Murray também na quarta. O sérvio venceu um jogo com dois tie-breaks, que virou uma maratona de 3 horas e meia, mas que conseguiu sair vitorioso por por 3 sets a 1, com 7-6, 6-7, 6-2 e 6-4.

É válido lembrar que, em maio deste ano, Nishikori se tornou o primeiro japonês na história a entrar no top 10 do ranking da ATP.  Será que ele pode continuar a fazer historia para seu país?