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Virar número um é possível, resta saber se esse é o objetivo de Federer

Federer ergue o troféu do oitavo título de Wimbledon - REUTERS/Toby Melville
Federer ergue o troféu do oitavo título de Wimbledon Imagem: REUTERS/Toby Melville

Do UOL, em São Paulo

18/07/2017 04h00

Roger Federer afirma que não é a prioridade, mas é impossível não projetar o tenista que venceu dois dos três Grand Slams disputados no ano como candidato a liderança do ranking. Ele está em terceiro com 6.545 pontos, diferença de 1.205 em relação ao primeiro colocado, Andy Murray.

Enquanto Federer não tem nenhum ponto a defender até o final do ano, o escocês tem 5 mil. E Murray está com o quadril machucado e pode perder campeonatos importantes. A participação dele no Master 1000 de Montreal é dúvida. Como o nome diz, o torneio dá mil pontos ao campeão.

A temporada de quadras rápidas da América do Norte tem outro Master 1000 (Cincinnati) e termina no US Open, que distribui 2 mil pontos. Resumindo, Federer pode sair como número um do mundo de Nova Iorque, em 10 de setembro. Ainda mais que venceu sete vezes em Cincinnati e em cinco oportunidades foi campeão do US Open.

Apesar dos bons resultados em quadra, uma postura tomada pelo suíço nesta temporada pode pesar contra para voltar a ser número um do mundo. Neste ano, o tenista adotou o mantra de que precisa se manter saudável. Para isto, está jogando menos torneios. Na coletiva depois de vencer Wimbledon, não garantiu que vai estar em Montreal.

A precaução existe porque ele não jogou no segundo semestre de 2016 por causa de uma cirurgia no joelho e dores nas costas. Federer diz que vai competir menos para prolongar a carreira. Na entrevista ainda na quadra central, declarou que espera voltar a Londres para defender o título. Questionado na coletiva, esclareceu que com quase 36 anos (faz aniversário em três semanas) nunca se sabe o dia de amanhã.

Outra ameaça para ele retomar a primeira colocação do ranking é a boa forma de Rafael Nadal. O espanhol é o segundo colocado no ranking com 7.465 pontos e viveu grande fase no saibro varrendo todos os adversários de quadra na campanha que rendeu o décimo troféu em Roland Garros.

Mas ele não foi bem nos encontros com Federer neste ano. O suíço abriu mão de toda a temporada de saibro para preservar o físico para Wimbledon. Os três confrontos que ambos tiveram neste ano aconteceram na quadra dura e o suíço venceu todas. Esta é a mesma superfície do circuito até o final do ano.

Essa noite foi louca

Federer em entrevista depois de conquistar wimbledon pela oitava vez - AELTC AND AELTC/David Levenson - AELTC AND AELTC/David Levenson
Imagem: AELTC AND AELTC/David Levenson

Federer não quis saber de pensar em ranking na noite de domingo, depois de vencer Wimbledon. Na segunda-feira, ele chegou com cara de "a noite foi longa" para a tradicional visita ao clube onde o torneio é disputado. Perguntado sobre como foi a festa, não fez rodeios.

“Tem um sino na minha cabeça. Não me lembro de nada do que aconteceu. Acho que misturei bebidas demais. Nos divertimos muito. Não me senti muito bem quando acordei. Só comecei a me sentir melhor há uma hora”.

Os fãs aprovaram. A foto dele no Twitter teve 89 mil curtidas. A noitada começou no tradicional jantar dos campeões. Ele disse que havia uns 30, 40 amigos e não sabe direito onde foram, só que a festa foi boa.

"Depois nós fomos – como eu chamaria aquilo? Acredito que um bar. Havia quase umas 30, 40 pessoas. Fui para cama as 5h". Não é a primeira vez que Federer festeja com vontade. Na Copa Hopman ele foi filmado dançando Uptown Funk, música de Bruno Mars.