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De volta para o futuro: Federer e Nadal brigam pelo nº 1 essa semana

Eric Bolte-USA TODAY e Minas Panagiotakis/Getty Images/AFP
Imagem: Eric Bolte-USA TODAY e Minas Panagiotakis/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

14/08/2017 04h00

O vice-campeonato no Masters 1000 de Montreal (Canadá) não impede Roger Federer de sonhar com o número um do mundo. Ele e Rafael Nadal brigarão rodada a rodada em Cincinnati (EUA) pela liderança do ranking. Quem for mais longe fica com a primeira posição. Como são cabeça de chave 1 e 2 , ambos só se enfrentam na final, o que seria a decisão dos sonhos dos organizadores.

Quem for mais longe conquista a posição. Como são cabeça de chave 1 e 2 , ambos só se enfrentam na final.

Até domingo, o posto permanece com Andy Murray, mas como o escocês está afastado do circuito por causa de uma lesão no quadril, perderá a posição. O favorito para ser o novo número é Federer. O principal motivo é o piso de Cincinnati, bastante rápido. Esta superfície favorece o jogo agressivo do suíço que inclui serviço eficiente, bolas mais retas que as de Nadal e mais subidas à rede.

Com estas armas, Federer já venceu em Cincinnati sete vezes. Aliado ao desempenho no torneio específico, ele atravessa uma temporada espetacular. Venceu Wimbledon, o Aberto da Austrália e faturou dois Masters 1000. No ano, só perdeu três vezes (uma delas no domingo).

Nadal perdeu chance na última semana

Rafael Nadal tinha uma grande chance na semana que passou. Bastava chegar na semifinal do Master 1000 de Montreal, mas o espanhol acabou surpreendido por Denis Shapovalov na terceira rodada.

Agora a situação ficou mais complicada, Nadal tem um histórico de sucesso mais modesto em Cincinnati. Ele levantou o troféu somente uma vez, em 2013. O tenista tem mais dificuldade porque a quadra rápida faz a bola quicar menos.

O jogo dele se baseia em colocar o primeiro saque e mandar no ponto batendo o forehand com muito spin. Desta maneira, Nadal consegue empurrar o adversário para trás, ou os lados e abrir espaço para ganhar o ponto. A falta de um jogo eficiente junto à rede impede que procure alternativas caso seu plano não esteja funcionando.

A chave também não colaborou com Nadal. A estreia deve ser contra Richard Gasquet, tenista que tem bons resultados em Wimbledon, disputado na grama, ou seja, piso rápido. Depois, pode pegar Gilles Muller, atleta para quem perdeu em Wimbledon mês passado. Tudo isto somente nas duas primeiras rodadas. Federer abre a campanha diante de nomes com menos resultados.

Ano vintage

Mas independente de quem levar a melhor, Nadal e Federer serão número 1 e 2 a partir da próxima segunda-feira (não necessariamente nesta ordem). Os dois despontam para manter a briga até o final do ano.

Novak Djokovic anunciou que não joga mais neste ano. Andy Murray enfrente lesão no quadril e não conseguiu jogar bem em 2017. Além disso, defende pontos em todos os torneios até o final da temporada. O panorama é surpreendente até mesmo para Nadal e Federer.

Quando chegaram a final do Aberto da Austrália, em janeiro, os dois declararam que não esperavam ir tão longe. Lesionados, eles abandonaram o circuito antes de a temporada de 2016 acabar. Federer chegou a desistir ainda em julho.

Agora, a dupla volta a comandar o circuito. Uma das rivalidades mais importantes da história do tênis terá novo capítulo nesta semana. Tudo sugere que será uma novela longa, durando até o ATP Finals em novembro.