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Em dois meses, americana vai do limbo do ranking ao título do US Open

Sloane Stephens saca na final do US Open - AP Photo/Andres Kudacki
Sloane Stephens saca na final do US Open Imagem: AP Photo/Andres Kudacki

Do UOL, em São Paulo

09/09/2017 18h21

A americana Sloane Stephns sobrou na final do Aberto dos Estados Unidos e bateu a compatriota Madison Keys por 2 sets a 0 - parciais de 6/3 e 6/0. Ele viveu uma ascensão impensável. Em julho, a tenista era número 957 do ranking da WTA e tinha dúvidas sobre o futuro da carreira. Ficou meses fora do circuito por causa de uma fratura por estresse no pé e precisou de uma cirurgia. Por este motivo, a emoção não surpreendeu ao conquistar o primeiro Grand Slam da carreira neste sábado (9) e chegar à 17ª posição do ranking.

Terminada a partida, Stephens foi até a arquibancada abraçar o técnico. Mesmo com a lesão, ele não abandonou a pupila. Também ajudou na tática para a final. Ela e Keys faziam a primeira final de Grand Slam da carreira.

Com menos potência, Stephens se impôs pela consistência. Apostou em colocar o primeiro saque em quadra, errar o mínimo possível e ir para o winner somente quando a bola sobrava. Desta maneira, controlou Madison Keys.

A adversária começou a partida sacando e bateu com vontade na bolinha. Dona de um forehand muito forte, Keys apresentou qual seria sua estratégia para a final: ser a primeira a atacar. Sloane Stephens apostou em mexer a rival.

A tática era válida porque Keys apareceu para a partida com uma faixa na coxa direita. Ela teve problemas na semifinal e pediu atendimento médico quando estava a dois games da vitória. A estratégia se mostrou correta com uma quebra para Stephens fazer 3 a 2 e saque.

Stephens jogava de maneira tão sólida que o primeiro erro não forçado ocorreu somente no nono game. Desta maneira, levou o primeiro set por 6/3 com outra quebra. A vantagem deu ainda mais tranquilidade à eventual campeã.

Pneu para fechar a partida

Estar atrás no placar fez Keys aumentar a intensidade de sua estratégia, que já era agressiva. Ela passou a arriscar muito no saque serviço da adversária. Além de não surtir efeito, foi quebrada no primeiro serviço que teve no segundo set quando Stephens fez uma passada espetacular.

As quebras se somaram e foi só manter a estratégia. Stephens caminhou para um tranquilo pneu e não coube em si de felicidade. Em seguida, sentou na cadeira ao lado de Keys. As duas são amigas e convivem desde os tempos de juvenil. Conversaram de maneira descontraída enquanto a equipe de apoio montava a estrutura para entrega de troféus.

Um fato curioso é que havia oito candidatas ao posto de número um neste US Open. Nenhuma delas chegou por causa do ótimo desempenho das finalistas. A idade das duas reforça a renovação do tênis feminino americano. A campeã tem 24 anos e a vice 22. Por este motivo, o troféu não foi levado a quadra por um atleta consagrado, mas dois tenistas juvenis.

Discursos

Madison Keys foi a primeira a falar de encheu a adversária de elogios. Afirmou que Stephens é uma das melhores pessoas que conhece. A campeã falou que o momento era incrível. Disse que a jornada para chegar ao título é inacreditável e se falassem que ganharia o US Open em janeiro responderia que era impossível.

Sobre a conversa antes da cerimônia, declarou que Keys é a melhor amiga dela no circuito. Acrescentou que admira a adversária, torce por ela e sabe que o sentimento é recíproco. Por último agradeceu a mãe por ter levado a uma escola de tênis, por todo o apoio que recebeu na vida e pediu para os pais espectadores da decisão nunca deixarem de estar ao lado dos filhos.