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Pistorius passa por tratamento psicológico para não se tornar reincidente

 REUTERS/Kim Ludbrook/Pool
Imagem: REUTERS/Kim Ludbrook/Pool

Do UOL, em São Paulo

06/10/2015 16h38

Cumprindo uma pena de cinco anos pelo homicídio culposo de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, o atleta paralímpico Oscar Pistorius, de 28 anos, será submetido a sessões de psicoterapia para evitar o risco de reincidência, uma das possíveis sequelas no caso do sul-africano. Ontem, um grupo de especialistas adiou a decisão de mantê-lo na prisão ou concedê-lo liberdade condicional.

As leis da África do Sul determinam que os condenados por assassinato podem deixar o cárcere e passar para a prisão domiciliar após o cumprimento de um sexto da pena – no caso de Pistorius, dez meses.

Na primeira decisão, a bancada de especialistas formada para analisar o caso definiu que 21 de agosto seria a data para que ele deixasse a prisão em Pretória e fosse transferido para a casa de sua família. Entretanto, o ministro da Justiça do país, Michael Masutha, revogou a medida, alegando que havia sido tomada antes do cumprimento de dez meses de pena.

Desde então, a bancada não se pronunciou sobre a possível liberdade vigiada de Pistorius.

Resposta da família de Pistorius

Através de um comunicado, a família de Pistorius criticou as autoridades sul-africanas pelos atrasos na decisão do caso do atleta. Segundo a nota, seus direitos estariam sendo violados devido à divulgação dos fatos que envolvem o corredor: "Esta experiência nos deixa a incômoda conclusão de que o público, tanto político como midiático, prejudicou todo o processo de Oscar e seu direito de ser tratado como qualquer outro preso".

A família garante que Pistorius já está passando por sessões "regulares e permanentes" de psicoterapia.

Relembre o caso
 
Pistorius foi detido em fevereiro de 2013 por suspeita de matar Steenkamp com quatro tiros. O sul africano alega que ouviu barulhos e fez os disparos após confundir a namorada com um ladrão. 
 
O argumento não convenceu a promotoria, que acredita que o crime foi premeditado e executado após uma discussão do casal.