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Cabral nega em depoimento compra de votos para Rio-2016, diz jornal

Rodrigo Félix/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo
Imagem: Rodrigo Félix/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

14/09/2017 19h49

O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) negou ter pedido ao empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”, propina a membros do Comitê Olímpico Internacional para que a cidade carioca fosse escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A informação é do jornal “O Estado de S. Paulo”.

A declaração de Cabral foi feita em depoimento prestado a procurados do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro no último dia 6. O político está preso desde novembro do ano passado. Cabral foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão pela Justiça Federal de Curitiba e responde a outros 13 processos na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Durante o depoimento, o ex-governador do Rio negou participar na suposta compra de votos e disse que relacionar a escolha da cidade carioca como sede dos Jogos a pagamento de propinas é “um erro histórico”.

A operação que investiga compra de voto e pagamento de propina na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 foi batizada de “Unfair Play” e é um desdobramento da Lava Jato.

 O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, é apontado como suspeito de intermediar a compra do voto do representante do Senegal no Comitê Olímpico Internacional para a escolha da cidade do Rio de Janeiro. Para os procuradores, Nuzman é "figura central nas tratativas".

Na denúncia apresentada pelo Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Federal do Rio, Nuzman é tratado como uma peça que, sem ele, a "engenhosa e complexa relação corrupta" não teria ocorrido. Não há, no documento de 129 páginas divulgado pelo MPF, qualquer menção de que o presidente do COB tenha enriquecido ilicitamente ou tenha ele recebido propinas.

A investigação contou com a colaboração do MP francês. Inicialmente, os procuradores franceses apuravam caso de doping no atletismo. A partir da denúncia de um antigo opositor de Nuzman no COB, o MP da França descobriu existência de um esquema de compra de votos, acionando a Polícia Federal brasileira para cooperação na investigação.