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Quem é Paulo Wanderley, o novo presidente do COB

Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio-2016 e do COB, diz que Olimpíada não tem relação com a crise no Rio - AP Photo/Silvia Izquierdo
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio-2016 e do COB, diz que Olimpíada não tem relação com a crise no Rio Imagem: AP Photo/Silvia Izquierdo

Do UOL, em São Paulo

11/10/2017 17h17

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) confirmou nesta quarta-feira (11) a efetivação de Paulo Wanderley como novo presidente da entidade. Natural de Caicó (RN), o dirigente assume após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, preso por suspeita de participar de um esquema de compra de votos na eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Aos 67 anos, Paulo Wanderley chega ao cargo máximo do esporte olímpico com o respaldo das demais confederações brasileiras. O trabalho à frente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) é visto como um espelho para as demais – a entidade se destaca pela pouca dependência com os recursos públicos.

Wanderley chegou à presidência da CBJ após uma aliança com os ex-judocas Aurélio Miguel e Rogério Sampaio. A vitória na eleição de 2001 colocou um fim na dinastia do clã Mamede – Joaquim Mamede e Joaquim Mamede Júnior comandaram a entidade por sete mandatos seguidos.

Durante os 16 anos em que comandou a CBJ, Wanderley fez parte da transformação do esporte em um dos mais vitoriosos do Brasil. No período, o judô brasileiro conquistou 30 medalhas em mundiais, além de fazer com que o país sediasse duas edições do evento: em 2007 e 2014.

Nos Jogos Olímpicos, foram 10 medalhas de bronze e duas de ouro, desde a edição em Atenas-2004 até a Rio-2016.

Paulo Wanderley deixou a CBJ em 2017. O dirigente decidiu não concorrer à reeleição e ajudou a eleger Silvio Acácio Borges. Na sequência, partiu para o COB, onde assumiu a Odepa (Organização Pan-Americana de Esportes).

A chegada de Wanderley à presidência do COB se assemelha com a de Carlos Arthur Nuzman, em 1995. Na ocasião, o dirigente era o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), vista na época como exemplo para as demais confederações.