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Desembargador indefere pedido de habeas corpus, e Nuzman segue preso

Acusado de facilitar compra de votos, Nuzman está preso desde a última quinta-feira - Mauro Pimentel/AFP
Acusado de facilitar compra de votos, Nuzman está preso desde a última quinta-feira Imagem: Mauro Pimentel/AFP

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/10/2017 20h40

O desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª região, indeferiu nesta quarta-feira (11) o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. Com isso, o dirigente, preso desde a última quinta-feira, seguirá detido preventivamente.

Nuzman, 75 anos, foi preso pela Polícia Federal em caráter provisório, com prazo de cinco dias, acusado de facilitar a compra de votos para que o Rio de Janeiro sediasse os Jogos Olímpicos de 2016. Na última segunda (9), o juiz Marcelo Bretas determinou a transformação da prisão provisória em preventiva, por tempo indeterminado.

A defesa de Nuzman nega que seu cliente tenha tomado decisões em nome do Comitê Organizador da Rio-2016 e sustenta que ele é inocente. Além disso, comenta que o MPF-RJ tem tentado imputar ao ex-presidente do COB o crime de organização criminosa, que só se foi incorporado ao código penal brasileiro em 2013 - depois, portanto, do episódio da suposta compra de votos em 2009. Os advogados ainda avaliam os próximos passos após o indeferimento do pedido de habeas corpus.

Nesta quarta, Nuzman renunciou à presidência do COB, cargo que ocupou por 22 anos seguidos, desde 1995. O vice Paulo Wanderley assumiu em seu lugar.

Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do Comitê Organizador, também foi preso provisoriamente na quinta-feira passada e teve sua detenção prorrogada por mais cinco dias na última segunda.