Último colocado, esquiador mexicano faz festa e é celebrado até por rivais
O mexicano German Madrazo fez a festa ao completar a disputa de 15 km do esqui cross country, sua prova nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, em Pyeongchang (Coreia do Sul). Ao cruzar a linha de chegada, exibiu a bandeira de seu país e distribuiu sorrisos.
Nem parecia, mas Madrazo havia sido o último colocado da prova. Completou o percurso em 59min35s4, enquanto o suíço Dario Cologna cumpriu a distância em 33min43s9 para faturar a medalha de ouro. Cologna já havia subido ao topo do pódio nas provas das Olimpíadas de Vancouver-2010 e Sochi-2014.
Ao encerrar sua participação, Madrazo recebeu os abraços de outros competidores. Ao fim, foi colocado sobre os ombros de Pita Taufatofua, o esquiador de Tonga que desfilou com o corpo coberto de óleo na cerimônia de abertura da Olimpíada de 2018.
A comemoração inesperada, porém, coroou o desempenho de um atleta de 43 anos, que começou no esporte pouco mais de um ano atrás. Nascido na cidade de Querétaro em 15 de setembro de 1974, Medrado nunca havia calçado esquis antes de janeiro de 2017. Treze meses depois, disputava uma Olimpíada.
Na infância, segundo relata o jornal espanhol El País, Germán Madrazo sonhava em ser nadador. Chegou a competir em torneios nacionais organizados nas instalações do Comitê Olímpico Mexicano e participou inclusive de triatlos. No entanto, a ausência de mexicanos nas provas de fundo do esqui em Sochi-2014 causou incômodo no atleta.
A meta, então, passou a ser representar o México na Olimpíada seguinte, em Pyeongchang. Para isso, vendeu suas bicicletas de competição e pedir empréstimos para competir na Europa. Com o dinheiro em mãos, foi para a Islândia em 2017 para aprender a esquiar.
Classificado, Madrazo se tornou um dos quatro atletas do México nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018. Completam a lista os esquiadores Rodolfo Dickson (slalom masculino e slalom gigante feminino), Sarah Schleper (slalom gigante feminino) e Robert Franco (slopestyle). A delegação é a maior do país desde Albertville-1992, quando 20 mexicanos competiram. No entanto, o país ainda busca sua primeira medalha em esportes de gelo e neve.
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