Atletas e confederações se unem contra MP do governo Temer
A Medida Provisória de número 841 de 2018 gerou protestos um dia após ser publicada. Após a nova ação do governo Temer, que direciona recursos do esporte brasileiro para o Fundo Nacional de Segurança Pública, organizações de atletas e confederações – inclui-se o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) - emitiram uma carta de repúdio à decisão que pode tirar até R$ 250 milhões do Ministério do Esporte em um ano.
“A Medida Provisória condena o esporte no país com a retirada do repasse as secretarias de esporte dos estados e municípios para a promoção do esporte educacional, com o fim dos recursos destinados ao Comitê Brasileiro de Clubes, responsável pelo fomento do esporte de base, com o fim dos recursos destinados às entidades que promovem o desporto escolar e universitário”, protesta, em cara, diversas confederações e o COB.
“Entendemos que a segurança é uma área de suma importância que atravessa uma crise sem precedentes. Mas ressaltamos que a redução da criminalidade e da violência passa pela melhoria da educação, da redução da desigualdade, da geração de emprego dentre outras tantas políticas com as quais o esporte só tem a contribuir”, acrescenta o documento divulgado nesta terça-feira.
Segundo atletas e confederações, a decisão do governo Temer representa o “sucateamento do órgão” e coloca em risco a “viabilidade” de todo o setor esportivo do país.
Ainda na carta, as organizações pedem o veto da MP aos parlamentares do Congresso e a substituição da fonte para o Fundo Nacional de Segurança Pública, braço criado pelo atual governo e responsável por captar boa parte das fontes do Ministério do Esporte.
“Isso representa o sucateamento do órgão, que não terá condições de manter suas atividades”, reclamam os atletas.
A Medida Provisória que criou o Fundo Nacional de Segurança Pública vai retirar o dinheiro público das confederações de clubes, esporte escolar e universitário. Somente para a organização de eventos de base, os mais afetados, a perda de recursos pode ultrapassar os R$ 500 milhões por ano.
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