Triatleta morre após ser atropelada por lancha do Corpo de Bombeiros
A triatleta Ludimila Barbosa, 40 anos, morreu nesta terça (04) após sofrer um acidente no lago de Palmas (Tocantins) durante a 6ª Etapa do Campeonato de Maratonas Aquáticas do Tocantins que aconteceu no último domingo (02). A atleta estava na água quando foi atingida pela lancha do Corpo de Bombeiros que auxiliava na segurança do local.
Ludimila era triatleta e participava de várias competições esportivas. Como triatleta era, inclusive, federada.
Ludimila foi encaminhada para o Hospital Geral de Palmas após o acidente, em estado grave, mas não resistiu. A morte foi confirmada nesta terça pela Secretaria de Saúde do Tocantins.
Em contato com a reportagem, o Corpo de Bombeiros explicou que no momento do acidente a visibilidade no local estava muito prejudicada por causa do mau tempo e, durante o resgate de outros atletas, Ludimila foi atingida pelo hélice da lancha dos bombeiros que ajudava os atletas.
"Foi dada a largada com tempo bom e de repente o tempo mudou, chovia bastante e o lago tem bastante marola. Quando as marolas começaram a acontecer e a chuva cair, os atletas começaram a dispersar apavorados, a visibilidade era zero. Eles começaram a pedir socorro. Alguns foram resgatados nas pranchas. A lancha dos bombeiros estava fora do circuito. Quando os gritos começaram houve necessidade do bombeiro intervir", explicou o tenente-coronel José Filho.
Após o acidente, 40 bombeiros se mobilizaram para doar sangue para a vítima no hospital onde Ludimila foi internada.
Havia três bombeiros na lancha ajudando os atletas. Dois competidores foram resgatados antes do acidente. "O bombeiro entrou por área que não era o trajeto do atleta e se posicionou ao meio. Os bombeiros ouviram gritos de outra atleta pedindo ajuda. No deslocamento de um ponto a outro houve esse acidente, a fatalidade. A equipe de bombeiros só conseguiu perceber quando ouviu barulho na parte de trás do barco no deslocamento e infelizmente a atleta foi atingida pelo hélice", lamentou.
O tenente afirmou que um inquérito foi aberto pelos próprios bombeiros para apurar as circunstâncias do acidente. Segundo ele, os profissionais envolvidos no acidente estão traumatizados e recebendo atendimento médico.
"Nunca tinha acontecido um evento atípico como esse. E estamos chocados ainda. Foi ao contrário do nosso ideal que é salvar vidas", ressaltou.
Ludimila trabalhava como orientadora educacional e deixa dois filhos pequenos, um de 12 anos e uma menina de 5 anos. A atleta será sepultada em Brasília, onde nasceu.
Em nota, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos lamentou a morte de Ludimila. "A Cbda ressalta que a prova, organizada pela Faeto, seguia todas as regras da Confederação e da Fina. A Cbda lamenta a morte da atleta e deseja força aos familiares e amigos".
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