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Tive que fazer tratamento de tanto laxante que eu tomei, conta Angélica

Angélica Kvieczynski relembrou o depoimento que deu recentemente ao UOL Esporte - Marcus Steinmeyer/UOL
Angélica Kvieczynski relembrou o depoimento que deu recentemente ao UOL Esporte Imagem: Marcus Steinmeyer/UOL

Do UOL, em São Paulo

18/04/2019 11h09

Durante o programa "Encontro com Fátima Bernardes", da "TV Globo" de hoje, a ex-ginasta Angélica Kvieczynski relembrou o depoimento que deu recentemente ao UOL Esporte. A atual treinadora contou que precisou se submeter a um tratamento de tanto laxante que usou na época em que era atleta profissional.

"Tive que fazer tratamento de tanto laxante que eu tomei, porque não ia mais ao banheiro direito. Eu descobri o laxante com uma veterana, porque não conseguia vomitar", falou Angélica.

Durante o programa, Fátima Bernardes apresentou um trecho do depoimento dado ao UOL Esporte e Angélica se emocionou ao ouvir o próprio relato.

"Eu acho que não tinha noção que tudo aquilo estava fazendo mal. Você via como algo necessário. Técnico e dirigentes eram as pessoas que mais confiávamos. Lá era como minha segunda. Na minha cabeça eu me sentia culpada e tentava buscar formas de melhorar", disse.

A campeã de ginástica rítmica falou que hoje ainda tem traumas da balança, mas consegue encarar o objeto 'de frente'. Angélica também destacou que atualmente leva uma vida muito mais saudável.

"Hoje tenho uma vida muito mais saudável. Acho que tem meios mais saudáveis de conseguirmos manter o peso. A ginástica rítmica exige essa magreza. Eu não gosto de balança, mas hoje consigo ir de frente para a balança", falou a treinadora, que ainda luta para que suas alunas não passem pelo que ela passou.

"Na maioria das vezes eu guardei para mim. Minha mãe tentava me ajudar. Mas muito do que eu falei eu tinha guardado para mim. Ninguém sabia. Hoje eu sou treinadora e quero proteger minhas meninas. Hoje a minha autoestima está bem melhor. Eu me pego ainda na frente do espelho. Estou me adaptando a beber água. Mas sabe o que pesa? Sou professora. Eu preciso ser exemplo para as minhas atletas", destacou.

Por fim, Angélica disse que sofre críticas por dar o seu relato sobre os sacrifícios que se submeteu durante sua passagem pela ginástica rítmica. Ela destacou que os depoimentos não têm o objetivo de denegrir a imagem do esporte.

"Eu ainda ouço muitas críticas. Ouço pessoas falando que quero denegrir o esporte. Mas eu amo a ginástica. Não quero destruir o meu esporte", concluiu.