Canoagem regride e ganha seis medalhas a menos após perder apoio estatal
Quatro anos depois de ganhar nove medalhas em Toronto-2015, melhor desempenho da história, a canoagem de velocidade subiu apenas três vezes no pódio dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. E só uma medalha de ouro foi conquistada.
Antes mesmo de começar o Pan, o chefe de equipe da canoagem velocidade brasileira, Alvaro Kloslowski, avisava que o Brasil sabia que o desempenho não seria tão bom quanto o de Toronto. E apontava a falta de investimento como fator preponderante. Entre 2017 e 2018, a modalidade perdeu o apoio do BNDES, que chegou a injetar R$ 40 milhões na canoagem nos dois anos anteriores.
Sem o patrocinador, a canoagem passou a ser altamente dependente do dinheiro da Lei Agnelo/Piva e encerrou equipes permanentes. Os campings também diminuíram e os resultados afundaram na água. E de forma mais intensa do que o esperado. A meta era ganhar sete medalhas, mas o Brasil passou longe disso.
Em 12 provas (contra 13 de Toronto), vieram só três medalhas: ouro para Isaquias Queiroz no C1 1.000m e bronzes para Vagner Souta no K1 1.500m e Ana Paula Vergutz no K1 500m. O C2 1.000m também teria dado medalha, mas uma fatalidade atrapalhou: Erlon Souza teve um mal súbito e desmaiou sobre a canoa. O C1 200m, que Isaquias ganhou em 2015, saiu do programa olímpico e pan-americano.
De resto, o Brasil só piorou. E cansou de bater na trave. Nesta terça, ficou em quarto no C1 200m (Valdenice do Conceição havia sido bronze em 2015), no K1 200m (Edson Silva havia sido prata) e no K1 200m feminino, novamente com Ana Paula. Antes, na segunda, já havia ficado em quarto com Angela Silva e Andrea Santos no C2 500m.
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