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Pan 2019

Brasil fica com bronze no conjunto da ginástica rítmica e perde hegemonia

Equipe brasileira de ginástica rítmica subiu ao pódio no Pan, mas perde sua hegemonia - Wander Roberto/COB
Equipe brasileira de ginástica rítmica subiu ao pódio no Pan, mas perde sua hegemonia Imagem: Wander Roberto/COB

Karla Torralba

Do UOL, em Lima (Peru)

03/08/2019 18h19

Um dos maiores períodos de hegemonia do Time Brasil pelos Jogos Pan-Americanos chegou ao fim neste sábado (3). Depois de cinco ouros consecutivos, o conjunto da ginástica rítmica teve de se contentar em Lima com a medalha de bronze. O ouro foi para o México, enquanto os Estados Unidos levaram a prata.

A equipe, muito jovem, com média de idade abaixo dos 18 anos, teve duas falhas em seu último exercício, com três aros e duas maças, que geraram pesada punição. Nessa série, tiveram a segunda pior nota, com 19,700. Para comparar, as mexicanas receberam 24,850 de pontuação, seguidas pelo time dos EUA, com 23,150.

No geral o México triunfou com 48,375, enquanto as vice-campeãs norte-americanas tiveram 45,975. Ao Brasil restou a nota de 43,350.

"É uma grande responsabilidade saber que o conjunto era cinco vezes consecutivas campeão. Com certeza é uma pressão para todo mundo", disse a capitã da equipe, Déborah Medrado. "A gente cometeu dois erros. Já fizemos apresentações bem melhores."

A medalha de bronze, de todo, foi a segunda conquistada no primeiro dia de finais da ginástica rítmica. Mais cedo, Natália Guadio também terminou em terceiro pelo individual geral. "Está todo mundo sujeito a isso (errar). Ainda mais elas, que ficaram em primeiro lugar ontem. Sei o quanto isso pesa. Você ficar em primeiro e manter, às vezes, é mais difícil. Tem que ter a cabeça no lugar", disse a medalhista.

As brasileiras derrubaram as maças logo no primeiro movimento da série. Muito abatidas após a apresentação, admitiram que a falha deixou o time pressionado para a conclusão. "A maça era para ir na mão da menina, e não foi. E esse foi o maior erro. Foram dois grandes erros, na verdade. Um foi consequência do outro", disse Déborah.

A ginástica rítmica ainda vai entregar mais medalhas neste domingo (4) e na segunda (5), com as finais por aparelho. "É uma grande experiência. A idade é de 16 a 19 anos, mas a gente está conseguindo lidar, está sendo uma grande experiência para todo mundo essa competição. Está sendo um aprendizado para toda a vida", afirmou a capitã.

"Agora que passou o geral, podemos voltar às por aparelho bem mais tranquilas, para o máximo. Ainda temos muita chance de trazer mais medalhas para o Brasil", completou Natália Gaudio.