Topo

Pan 2019

Campeã mundial, Nathalie reencontra "pedra no sapato" e é bronze no Pan

Algoz de Moellhausen acabou com o ouro do Pan de Lima - Wander Roberto/COB
Algoz de Moellhausen acabou com o ouro do Pan de Lima Imagem: Wander Roberto/COB

Karla Torralba

Do UOL, em Lima (Peru)

07/08/2019 20h16

Nathalie Moellhausen conseguiu há pouco menos de um mês o maior resultado da história da esgrima brasileira: ela venceu o Mundial na disputa de espada. Foi com esse status que ela desembarcou em Lima, principal nome e esperança de medalha da modalidade nos Jogos Pan-Americanos.

Só que havia uma "pedra" no caminho da esgrimista. Literalmente, nas suas palavras: a norte-americana Katharine Holmes, a adversária que uma campeã mundial ainda não aprendeu como vencer. Nathalie foi novamente superada por Holmes - perdeu por 15 a 9 na semifinal - e acabou ficando com a medalha de bronze.

Foi a mesma história em Toronto-2015: também pela semifinal, a americana venceu Moellhausen. Só mudou o placar: 10 a 7. É uma verdadeira carrasca para a brasileira.

"Foi uma pena não ter conseguido ganhar o ouro, claro. Ao mesmo tempo, em relação a essa adversária que eu encontrei, ainda não encontrei uma solução. Sabia que ia ser um combate duro. Claramente ainda tenho que trabalhar e entender como ganhar dela. Ela é boa, faz parte do circuito internacional, é uma boa atleta", disse.

"É uma pedra. Todo mundo tem uma pedra no sapato (risos). Parece que essa é a minha. Mas as pedras sempre saem do sapato. Antes ou depois, isso acontece. Na minha carreira, todas as adversárias que mais ou menos eu perdi, com um longe tempo eu encontrei a solução. Espero que este ano eu encontre", continuou.

Mais tarde, Holmes venceu uma venezuelana e foi ouro. No Mundial de Budapeste, porém, elas não se cruzaram. A norte-americana foi eliminada pela sul-coreana Young Mi Kang, do outro lado da chave, ainda na rodada que classificava para as oitavas de final.

Na última segunda (5), ela havia servido de inspiração para outro bronze da esgrima no Pan. Bia Bulcão levou a medalha no florete, admitindo que o feito de Moellhausen a motivava.