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Olímpia pede garantias à Conmebol para a final contra o Atlético Mineiro

20/07/2013 17h10

ASUNCIõN, 20 Jul 2013 (AFP) - Dirigentes do Olímpia pediram garantias para os jogadores e torcedores do clube que viajarão, a partir desta segunda-feira, à Belo Horizonte para a partida de volta da final da Copa Libertadores contra o Atlético Mineiro.

O duelo será disputado no Mineirão, e cerca de 60.000 espectadores assistirão a decisão, na qual o Olímpia saiu em vantagem ao vencer o jogo de ida por 2-0 em Assunção, na última quarta-feira.

"O Olímpia precisa de garantias e não entrará em campo caso seja vítima de atos de violência", disse Marco Trovato, diretor do clube em declarações à imprensa.

Trovato falou da preocupação dos torcedores paraguaios, que adquiriram ingressos para assistir ao jogo de volta, devido às ameaças de "vingança" difundidas nas redes sociais pelos rivais brasileiros.

O clube enviou uma nota oficial sobre o assunto à Confederação Sul-americana de Futebol, a Conmebol, por meio da Associação Paraguaia de Futebol (AFP).

As relações entre ambos os clubes ficaram tensas em função de incidentes envolvendo torcedores do Galo, que voltavam ao Brasil depois de assistir à derrota do Atlético em Assunção e tiveram os ônibus apedrejados.

Os dirigentes do Olímpia também não gostaram do fato do Galo ter dado ingressos cedidos pelo clube paraguaio a 161 torcedores brasileiros e pedem que o Atlético pague o valor destas entradas.

Paralelamente, o Olímpia pediu garantias por causa das ameaças sofridas nas redes sociais.

O clube guarani afirmou notar um ambiente hostil antes mesmo da chegada da delegação ao Brasil, prevista para a próxima segunda-feira à tarde.

Os brasileiros "falam de guerra e, em alguns casos, incitam a violência", explicou o porta-voz do Olímpia.

"Caso algum integrante da delegação oficial do clube seja afetado por esta suposta predisposição agressiva, a equipe não entrará em campo para disputar a partida de volta", continuou.

Se a partida for suspensa por falta de garantias, "o Olímpia não se deixará intimidar por ninguém e se fará respeitar. No caso de qualquer incidente, vamos retirar nossa equipe", ameaçou Trovato.

O "Rei das copas" do Paraguai já venceu a Libertadores em três ocasiões (1979, 1990 e 2002) e perdeu o troféu em outras três oportunidades, uma delas, em 1989, atribuída pelo clube ao clima de guerra que, de acordo com alguns protagonistas, influenciou para que o Nacional de Medellín se sagrasse campeão sul-americano.