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Fifa pede suspensão vitalícia de Hawit, ex-presidente da Concacaf

11/11/2016 14h39

Zurique, Suíça, 11 Nov 2016 (AFP) - Depois de Rafael Callejas, ex-presidente da República de Honduras, foi a vez de Alfredo Hawit, que já foi presidente da federação do país e vice-presidente da Fifa, ser alvo de um pedido de banimento para sempre do esporte, informou nesta sexta-feira a comissão de ética da entidade.

Hawit foi preso no dia 3 de dezembro de 2015, em Zurique, na segunda onda de detenções de cartolas do mega-escândalo de corrupção que abalou o futebol mundial.

Ele chegou a ser presidente interino da Concacaf, de maio a dezembro daquele anos, depois da saída do controverso Jack Warner, outro envolvido no Fifagate.

Extraditado para os Estados Unidos em janeiro deste ano, ele se declarou culpado de extorsão, fraude eletrônica e obstrução de justiça.

O cartola é acusado de ter recebido milhares de dólares em propinas na negociação de direitos de transmissão de torneios de futebol na América Latina e de jogos de eliminatórias de Copa do Mundo quando foi secretário-geral da Federação Hondurenha, de 2008 a 2014, sob a presidência de Callejas. Ambos também são investigados por lavagem de dinheiro.

Callejas, de 72 anos, foi presidente da Honduras de 1990 a 1994 e membro da Comissão de marketing e televisão da Fifa.

Em março, o cartola se declarou culpado de extorsão e conspiração para fins de fraude e crime organizado, na investigação da justiça americana sobre o escândalo da Fifa, e aceitou pagar fiança de 650.000 dólares.

Ele é acusado de ter recebido propinas em troca da atribuição dos direitos de transmissão das partidas da seleção hondurenha nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, 2018 e 2022 a Media World, empresa baseada em Miami.

A suspeita é de que tenha embolsado 1,6 milhão de dólares entre março de 2011 e janeiro de 2013.

Seu julgamento, inicialmente marcado para agosto, foi adiado para o dia 27 de janeiro de 2017.