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Chape quer final feliz para conto de fadas na sul-americana

22/11/2016 16h06

São Paulo, 22 Nov 2016 (AFP) - A Chapecoense tem encontro marcado com a história nesta quarta-feira, na Arena Condá: depois do empate heroico em 1 a 1 na Argentina, o time catarinense tentará se agigantar mais uma vez diante do San Lorenzo para garantir a vaga na final da Copa Sul-Americana.

Na hora de disputar a partida mais importante da jovem história do clube, fundado em 1973, os jogadores estão vivendo um verdadeiro sonho acordado, tanto que têm até dificuldade para encontrar o sono.

"Confesso que está difícil de dormir. Estou ansioso para esse jogo de quarta-feira. É um jogo histórico para a Chapecoense, para Chapecó, para Santa Catarina", admitiu o atacante Tiaguinho no site oficial da Chape.

"É um jogo contra argentinos, com toda rivalidade, e a gente espera fazer um grande resultado e sair com a classificação", enfatizou.

Na sua segunda participação a uma competição internacional, o Verdão do Oeste já derrubou outro gigante argentino nas oitavas de final, o Independiente, recordista de títulos na Libertadores (7), antes de passar pelo Junior Barranquilla, time de coração da cantora colombiana Shakira, nas quartas.

- Força máxima em todas as frentes -O San Lorenzo tem outro torcedor ilustre, o Papa Francisco, que deve rezar para que o milagre da Chape não derrube outro time de camisa pesada.

A Arena Condá não deve contar com a presença de celebridades, mas tudo indica que as arquibancadas estarão lotadas, tamanha procura de ingressos, com longas filas nas bilheterias.

No ano passado, a torcida vibrou com a vitória por 2 a 1 sobre o River Plate, na partida de volta das quartas de final, embora não tenha sido suficiente para garantir a vaga na semi.

Desta vez, basta um empate sem gols diante do San Lorenzo, graças ao gol fora de casa marcado por Ananias no estádio Nuevo Gasómetro.

Apesar da oportunidade única de disputar uma final continental, o técnico Caio Júnior preferiu não poupar o elenco no Brasileirão, preferindo manter os atletas em ritmo de competição.

O resultado se viu em campo no domingo, com a Chape ganhando confiança ao derrotar o São Paulo por 2 a 0 na Arena Condá.

O triunfo colocou o time na nona posição, a três pontos do G6, ainda com chances matemáticas de se classificar para a Libertadores.

- Pressão do lado argentino -O San Lorenzo tem mais experiência internacional, mas o técnico uruguaio Diego Aguirre (ex-Internacional e Atlético Mineiro) reconheceu que o empate concedido em casa deixou a equipe numa situação delicada.

"A pressão está do nosso lado. Somos um time grande, temos obrigação de buscar o resultado. A Chapecoense tem jogado bem neste ano, mas pela nossa história e tradição, temos a obrigação de nos classificar", reconheceu.

O time argentino, que precisa marcar ao menos um gol para buscar a vaga, não acredita em um duelo de ataque contra defesa.

"Eles são fortes quando jogam em casa e não imagino vê-los jogando apenas no contra-ataque. Eles vão ter que propor jogo e isso é bom para nós. É possível causar danos", avisou.

Campeão da primeira edição da Sul-Americana, em 2002, o San Lorenzo ainda conta com a base do time que conquistou a Libertadores em 2014, sob o comando de Edgardo Bauza, hoje técnico da seleção argentina.

A partida está marcada para 21h45 (no horário de Brasília) e será apitada pelo árbitro uruguaio Daniel Fedorczuk, auxiliado pelos compatriotas Miguel Nievas e Richard Trinidad.

-Prováveis escalações:

Chapecoense: Danilo, Gimenez, Neto, William Thiego, Dener Assuncao, Matheus Biteco, Gil, Cléber Santana, Ananias, Bruno Rangel e Tiaguinho. T: Caio Júnior.

San Lorenzo: Sebastián Torrico, Mathías Corujo, Marcos Angeleri, Matías Caruzzo, Emmanuel Mas, Franco Mussis, Néstor Ortigoza, Sebastián Blanco, Martín Cauteruccio, Ezequiel Cerutti e Nicolás Blandi. T: Diego Aguirre.

nr-rs/ol/lg