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'Doping institucionalizado' na Rússia envolveu 'mais de mil atletas' (Relatório McLaren)

09/12/2016 10h05

Londres, 9 dez 2016 (AFP) - O jurista canadense Richard McLaren afirmou nesta sexta-feira que possui "fortes evidências de doping institucionalizado na Rússia de 2011 a 2015, envolvendo mais de mil atletas de 30 modalidades", na apresentação da versão final do seu relatório sobre o escândalo que abala o esporte no país.

"Uma conspiração institucional foi implementada, com participação do Ministério dos Esportes e de serviços como a Agência Russa Antidoping (Rusada), o laboratório antidoping de Moscou, junto com o FSB (serviços secretos) para manipular amostras", explicou McLaren em entrevista coletiva realizada em Londres.

No relatório, cuja primeira parte foi divulgada em julho, às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, constam detalhes curiosos, como o uso de sal e café para adulterar as amostras de urina.

McLaren foi encarregado de investigar esse esquema pela Agência Mundial Antidoping (Wada), depois da denúncias de do ex-diretor do laboratório de Moscou, Grigori Rodtchenkov ao New York Times.

Com essas revelações, mais de cem atletas russos ficaram fora dos Jogos do Rio, quase um terço do total da delegação.

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