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Caso FIFA: Torneos y Competencias fecha acordo com multa de US$ 112 mi

13/12/2016 23h57

Nova York, 14 dez 2016 (AFP) - Acusada de corromper o futebol internacional através do pagamento de subornos milionários, a empresa argentina Torneos y Competencias conseguiu nesta terça-feira um acordo pelo qual pagará 112,8 milhões de dólares à Justiça americana em troca de anistia.

O acordo, fechado com a promotoria federal de Nova York, concede uma anistia no prazo de quatro anos em troca do pagamento de multa e da devolução do dinheiro obtido de forma ilegal, além da implementação de mecanismos de controle interno e uma cooperação total com a investigação do escândalo de corrupção envolvendo a Fifa.

Torneos y Competencias "admitiu seu papel e um esquema de 15 anos que incluiu o pagamento de dezenas de milhões de dólares em subornos e benefícios para funcionários da Fifa para obter direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018, 2022, 2026 e 2030", informou a promotoria do distrito leste de Nova York.

A empresa também reconheceu o pagamento de milhões de dólares em subornos a membros da Conmebol, Concacaf e da Federação Argentina (AFA) para adquirir os direitos comerciais e de transmissão da Copa Libertadores, Copa América, Copa América Centenário e amistosos da seleção nacional argentina.

Ao final de 48 meses, caso a Torneos y Competencias tenha cumprido todos os requisitos, o governo americano eliminará as acusações de conspiração para cometer fraude bancária.

"O anúncio de hoje marca outro passo importante em nosso esforço contínuo para erradicar a corrupção no futebol internacional e envia uma clara mensagem de que as empresas que dependem do sistema financeiro americano para enriquecer através de subornos serão responsabilizadas", declarou o promotor federal Robert Capers.

No total, 40 dirigentes do futebol e empresários e duas empresas foram acusados pela Justiça americana de receber dezenas de milhões de dólares em subornos e comissões no escândalo que abalou a Fifa e derrubou seus dirigentes, incluindo o então presidente, Joseph Blatter.