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Federer: "É muito especial ganhar do Rafa"

29/01/2017 16h40

Melbourne, 29 Jan 2017 (AFP) - Na coletiva de imprensa depois da decisão, o suíço Roger Federer declarou que a vitória sobre o espanhol Rafael Nadal, neste domingo, na final do Aberto da Austrália, faz o título ser mais especial, enquanto Nadal acredita que pode fazer um grande ano.

- Rafael Nadal -"Se meu corpo seguir minha vontade, acho que posso fazer um grande ano. Tenho jogado tênis muito bem há um mês e isso é uma notícia excelente para mim. Se continuar jogando assim, posso fazer grandes coisas, especialmente no saibro", disse o espanhol, que em Paris vai buscar o décimo título de Roland Garros.

"Tive a chance depois de quebrar o saque no quinto set, mas Roger começou a jogar muito mais agressivo e acertou muitos golpes. Seria bom ter feito mais pontos de saque", acrescentou.

E na hora de falar sobre Federer, o espanhol não poupou elogios: "tem um saque perfeito, voleio perfeito, direita perfeita, backhand perfeito, ele é rápido... Tudo é perfeito", descreveu o espanhol.

- Roger Federer -Pergunta: É importante você ter ampliado a vantagem no recorde de Grand Slams?

Resposta: "É o menos importante. O essencial foi ter voltado, e esse grande jogo contra o Rafa. O fato de ter sido na Austrália, onde tive muita gente importante comigo, como Peter Carter e Tony Roche(ex-treinadores), que eu possa fazer isso com 35 anos... Depois de cinco anos sem vencer um Grand Slam, isso é que conta. A última coisa que penso é o número de troféus."

P: O que você pensou quando passou a dominar o quinto set?

R: "Eu falei comigo: 'jogue solto'. Tinha falado com Ivan Ljubicic e Séverin Luthi, meus treinadores. Tinha que jogar o jogo e não contra o adversário. Isso foi recompensado. Se perco, que seja tentando um jogo ofensivo. Continuei a batalha e acreditando. Isso foi o que me fez jogar o meu melhor tênis no fim do jogo, fiquei surpreendido".

P: Vencer Nadal torna a vitória mais importante?

R: "Rafa tem um espaço especial na minha carreira. Ele me fez ser melhor, o jogo dele é complicado para mim. É meu maior desafio jogar contra ele, por isso é muito especial vencer. Além do mais, não vencia uma final contra ele desde 2007, em Wimbledon".

P: Você foi criticado por usar um tempo médico depois do quarto set. Por que você fez isso?

R: "Tive dores na perna desde o jogo contra Rubin. Estou feliz em conseguir administrar durante o torneio. Nas semifinais, contra Wawrinka, queria ver se uma massagem poderia me ajudar. Esta noite tive problemas nos adutores desde o terceiro set. O regulamento está aí para ser usado, mas acho que não devemos abusar. É o que faço há 20 anos. Sou o último a recorrer para tempos médicos, então me criticar sobre isso é um pouco exagerado.