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Renovada, seleção de Camarões quer surpreender como na Copa da África

16/06/2017 14h01

Moscou, 16 Jun 2017 (AFP) - Camarões não estava entre os favoritos ao título da última Copa Africana de Nações (CAN), mas levantou a taça com um time renovado que quer repetir a surpresa na Rússia, na Copa das Confederações.

Os Leões Indomáveis não venciam um título desde 2002, quando a equipe era liderada por Samuel Eto'o e Rigobert Song. No entanto, no Gabão, o time demonstrou que sempre pode surpreender.

Não à toa, Camarões é o país africano que teve a melhor participação na história da Copa das Confederações, chegando ao vice-campeonato em 2003. O time perdeu para a anfitriã França na final.

Aquela edição ficou marcada por um dos episódios mais tristes da história do futebol camaronês. Durante a semifinal contra a Colômbia, Marc-Vivien Foe sofreu um ataque cardíaco e morreu em campo, com milhões de pessoas acompanhando ao vivo pela televisão.

Desde então, o país não voltou a disputar a competição. Para voltar, precisou surpreender na competição africana disputada no Gabão. O desfalque mais significativo vai ser do capitão Nicolas Nkoulou, que decidiu dar uma pausa na seleção após o título da CAN para tentar recuperar a titularidade no Lyon.

O goleiro será o jovem Fabrice Ondoa, que apesar de ter apenas 22 anos foi o destaque em sua posição no torneio continental e uma peça-chave para o título camaronês. Agora, o goleiro do Sevilla B vai ter a oportunidade de mostrar sua qualidade ao mundo e, quem sabe,conquistar uma vaga em uma equipe de primeiro nível na próxima temporada.

O belga Hugo Broos, responsável pela transição entre a geração dourada e o time atual, conta com outros jovens com potencial, como Sébastien Siani, Collins Fai e Robert Ndip També. Além de Ondoa, os destaques da CAN foram Christian Bassogog e Benjamin Moukandjo.

- A nova estrela -Bassogog era o organizador do jogo ofensivo do time e foi eleito o melhor jogador da CAN-2017, com apenas 21 anos, considerado a nova estrela dos Leões.

Moukandjo se formou como jogador na França mas, apesar de marcar 13 gols nesta temporada, não conseguiu evitar o rebaixamento do Lorient. Na Copa das Confederações, vai ter a oportunidade de chamar a atenção de algum time mais prestigioso.

E para acompanhá-lo no ataque estará o veterano Vincent Aboubakar, jogador do Besiktas e que se tornou herói ao marcar o gol do título na final contra o Egito.

Como costuma acontecer com os times africanos, a dúvida está na capacidade defensiva e de organização da equipe, que vai enfrentar Alemanha, Chile e Austrália para tentar avançar para as semifinais.

"Somos um time jovem, que possivelmente melhor nos próximos três ou quatro anos", admitiu o treinador belga.

"Para todos os componentes desta seleção, trata-se de nossa primeira participação na Copa das Confederações e vamos dar o máximo para fazer um grande torneio", concluiu Broos.