VAR na Copa das Confederações: entre a justiça e a confusão
Kazan, Rússia, 26 Jun 2017 (AFP) - Erros corrigidos em troca de criar outros problemas: a confusão depois do cartão vermelho na partida entre Alemanha e Camarões, no domingo, durante a Copa das Confederações, mostrou os limites da vídeo-arbitragem (VAR).
- Mais justiça -"Globalmente, os resultados são muito positivos. Mas é verdade que precisam melhorar em muitos aspectos. O mais importante é que o vídeo não deixou nenhum erro claro passar", declarou Massimo Busacca, chefe de arbitragem da Fifa, nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa em São Petersburgo.
"29 decisões importantes foram tomadas com a confirmação do vídeo e seis delas foram alteradas", indicou o italiano.
O VAR aumentou a justiça, por exemplo, na hora de anular gols em jogadas de impedimento, algumas delas impossíveis de perceber no tempo real.
O mexicano Héctor Moreno sentiu os dois lados do uso do recurso: "contra Portugal, o vídeo ajudou porque anulou um gol de Nani. Agora com a Rússia prejudicou, porque estava impedido e era preciso ter assinalado. É em benefício do futebol, apesar de ter sobrado para mim, infelizmente".
No domingo, depois de uma dividida entre o alemão Emre Can e o camaronês Ernest Mabouka, o árbitro colombiano Wilmar Roldán pediu ajuda para o VAR.
Na sequência, se dirigiu a Sebastien Siani e o expulsou. Os Leões Indomáveis protestaram muito e o colegiado consultou o vídeo mais uma vez, alterando a punição de Siani para Mabouka. Tudo isso em aproximadamente três minutos de confusão.
"Todo mundo estava confuso, eu também. Não sabíamos o que estava acontecendo", comentou o técnico de Camarões, o belga Hugo Broos.
"Foi tempo demais", admitiu Busacca, "mas no final o jogador certo foi expulso. Imaginem sem VAR, o árbitro teria sacado o cartão vermelho para o jogador errado. Hoje falamos de dois ou três minutos, o que é inaceitável. Temos que melhorar, mas no fim o que fica é a honestidade".
Até agora, a rapidez na hora de tomar as decisões tem sido o grande problema do VAR. "Em alguns casos, provou sua utilidade, mas é preciso melhorar. Se as decisões puderem ser tomadas rapidamente, acho que está tudo certo", indicou o treinador da seleção alemã, Joachim Löw.
- Comemoração interrompida -Contra Camarões, o Chile comemorou o primeiro gol fazendo uma coreografia imitando uma partida de videogame, quando o árbitro decidiu anular o gol de Eduardo Vargas.
"Este sistema tira a essência do futebol. É um pouco estranho que não possamos comemorar o gol tranquilamente", falou o meia Marcelo Díaz.
"Falta só colocar um show na hora do intervalo e acrescentar mais dois tempos para virar futebol americano", acrescentou o companheiro Jean Beausejour.
"Para o fair play está certo, mas é uma agonia cada vez que o árbitro decide conferir o vídeo. É sofrido todas as vezes", indicou o treinador do México Juan Carlos Osorio.
O treinador de Portugal questionou o uso do vídeo para algumas situações e não para outras. "No gol do 2 a 2, algumas coisas não ficaram claras dentro da área, mas tudo bem, eu aceito", comentou Fernando Santos depois do jogo entre Portugal e México.
O treinador russo Stanislav Cherchesov pediu o uso do VAR na partida contra o México, depois do lateral esquerdo Yuri Zhirkov cair na área por um contato.
"Se foi um erro de arbitragem, o VAR não foi útil. Mas se não teve erro, então foi uma boa decisão", comentou Cherchesov.
"O VAR evita muitos erros, mas é claro que não vai eliminar todos", acrescentou Busacca nesta segunda-feira.
- Mais justiça -"Globalmente, os resultados são muito positivos. Mas é verdade que precisam melhorar em muitos aspectos. O mais importante é que o vídeo não deixou nenhum erro claro passar", declarou Massimo Busacca, chefe de arbitragem da Fifa, nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa em São Petersburgo.
"29 decisões importantes foram tomadas com a confirmação do vídeo e seis delas foram alteradas", indicou o italiano.
O VAR aumentou a justiça, por exemplo, na hora de anular gols em jogadas de impedimento, algumas delas impossíveis de perceber no tempo real.
O mexicano Héctor Moreno sentiu os dois lados do uso do recurso: "contra Portugal, o vídeo ajudou porque anulou um gol de Nani. Agora com a Rússia prejudicou, porque estava impedido e era preciso ter assinalado. É em benefício do futebol, apesar de ter sobrado para mim, infelizmente".
No domingo, depois de uma dividida entre o alemão Emre Can e o camaronês Ernest Mabouka, o árbitro colombiano Wilmar Roldán pediu ajuda para o VAR.
Na sequência, se dirigiu a Sebastien Siani e o expulsou. Os Leões Indomáveis protestaram muito e o colegiado consultou o vídeo mais uma vez, alterando a punição de Siani para Mabouka. Tudo isso em aproximadamente três minutos de confusão.
"Todo mundo estava confuso, eu também. Não sabíamos o que estava acontecendo", comentou o técnico de Camarões, o belga Hugo Broos.
"Foi tempo demais", admitiu Busacca, "mas no final o jogador certo foi expulso. Imaginem sem VAR, o árbitro teria sacado o cartão vermelho para o jogador errado. Hoje falamos de dois ou três minutos, o que é inaceitável. Temos que melhorar, mas no fim o que fica é a honestidade".
Até agora, a rapidez na hora de tomar as decisões tem sido o grande problema do VAR. "Em alguns casos, provou sua utilidade, mas é preciso melhorar. Se as decisões puderem ser tomadas rapidamente, acho que está tudo certo", indicou o treinador da seleção alemã, Joachim Löw.
- Comemoração interrompida -Contra Camarões, o Chile comemorou o primeiro gol fazendo uma coreografia imitando uma partida de videogame, quando o árbitro decidiu anular o gol de Eduardo Vargas.
"Este sistema tira a essência do futebol. É um pouco estranho que não possamos comemorar o gol tranquilamente", falou o meia Marcelo Díaz.
"Falta só colocar um show na hora do intervalo e acrescentar mais dois tempos para virar futebol americano", acrescentou o companheiro Jean Beausejour.
"Para o fair play está certo, mas é uma agonia cada vez que o árbitro decide conferir o vídeo. É sofrido todas as vezes", indicou o treinador do México Juan Carlos Osorio.
O treinador de Portugal questionou o uso do vídeo para algumas situações e não para outras. "No gol do 2 a 2, algumas coisas não ficaram claras dentro da área, mas tudo bem, eu aceito", comentou Fernando Santos depois do jogo entre Portugal e México.
O treinador russo Stanislav Cherchesov pediu o uso do VAR na partida contra o México, depois do lateral esquerdo Yuri Zhirkov cair na área por um contato.
"Se foi um erro de arbitragem, o VAR não foi útil. Mas se não teve erro, então foi uma boa decisão", comentou Cherchesov.
"O VAR evita muitos erros, mas é claro que não vai eliminar todos", acrescentou Busacca nesta segunda-feira.
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