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Alemanha aposta na juventude e é campeã da Copa das Confederações

02/07/2017 18h09

São Petersburgo, 2 Jul 2017 (AFP) - A Alemanha venceu a Copa das Confederações pela primeira vez em sua história, neste domingo, após derrotar o Chile por 1 a 0 na final, com o time mais jovem da competição.

Lars Stindl fez o único gol do jogo, aos 20 minutos do primeiro tempo, depois de contar com falha do time sul-americano na saída de bola.

52.268 pessoas compareceram ao estádio de São Petersburgo para acompanhar a decisão entre o campeão mundial e o campeão sul-americano. Foi o público recorde em todos os jogos do torneio.

A tetracampeã mundial levou o time com a menor média de idade, de apenas 24 anos. Já o Chile, o mais veterano com 29 anos de média, perdeu a chance de consagrar a Geração Dourada, bicampeã da América em 2015 e 2016, com um título intercontinental.

"O maior destaque é porque é um time que nunca tinha jogado junto. Agora finalmente vamos sair de férias, depois de levantar a Copa. A vitória foi merecida. Todos os títulos são especiais, mas este é mais pelo time que tínhamos", avaliou o capitão Julian Draxler, eleito o melhor jogador da competição.

- Díaz entrega o ouro -Antes da partida começar, o ex-atacante brasileiro Ronaldo Fenômeno teve a honra de participar da cerimônia de encerramento e levar o troféu para a beira do gramado.

O Chile começou a partida elétrico, marcando a saída de bola e com muita velocidade, enquanto os jovens alemães, talvez pela juventude, demonstraram nervosismo.

A pressão era intensa e Sánchez perdeu oportunidade incrível aos 19 minutos, depois de Ter Stegen dar rebote após chute de Vidal de fora da área.

No lance seguinte, comprovando a tese de quem não faz leva, a Alemanha contou com a bobeada de Marcelo Díaz para abrir o placar. O zagueiro se enrolou e perdeu a bola para Timo Werner, que tocou para Stindl só empurrar para as redes, aos 20 minutos.

"Acho que aprendemos muito com o decorrer dos anos. Saímos com as mãos vazias, mas demos tudo no jogo. Uma jogada foi determinante. Temos que seguir aprendendo com as seleções potentes. Só me resta parabenizar os campeões", comentou Claudio Bravo após o jogo, eleito o melhor goleiro da competição.

Stindl chegou aos três gols no torneio e terminou como um dos artilheiros, ao lado dos compatriotas Timo Werner e Leon Goretzka. Werner levou a Chuteira de Ouro por conta das duas assistências que deu na competição, critério de desempate.

O gol não desestimulou a estratégia chilena, que continuou dominando o jogo, mas mais exposta ao contra-ataque. Os campeões mundiais contavam com muita velocidade e um time leve para fazer a rápida transição entre a defesa e o ataque. E ainda contavam com os presentes da zaga adversária.

Pouco antes do fim do primeiro tempo, Jara foi displicente e errou feio na saída de bola mais uma vez. Tocou nos pés de Draxler, que deixou Goretzka na cara do gol, mas o meia não conseguiu vazar Claudio Bravo.

- Falta de pontaria -Depois do intervalo, a partida diminuiu em intensidade e a Alemanha começou a administrar melhor a posse de bola, apesar do domínio continuar com o Chile. O jogo ficou mais truncado, com muitas faltas, discussões e pouca bola rolando.

Aos 18 minutos, Werner caiu no chão após dividida com Jara no lado esquerdo do campo. O chileno deu uma cotovelada no rosto do atacante alemão e o assistente de vídeo entrou em ação. Após análise do VAR, o juiz deu apenas cartão amarelo para o zagueiro pela agressão. Saiu barato.

O Chile partiu com tudo para cima da Alemanha, que estava muito bem organizada na defesa e deixava poucos espaços para os atacantes sul-americanos. Atrás do empate, a aplicação tática da equipe ficou de lado e os caminhos para o contra-ataque estavam claros.

A primeira grande chance foi aos 29 minutos, quando depois de jogada de Sánchez a bola sobrou para Vidal. O volante, quase na linha da pequena área, pegou mal na bola e mandou por cima do gol de Ter Stegen. Já aos 39, Sagal teve a melhor oportunidade mas isolou por cima.

Os chilenos tinham chances, mas pecavam na hora de decidir as jogadas. Abusando de bolas levantadas na área, a última bola do jogo caiu nos pés do maior artilheiro da história da seleção chilena, em falta da entrada da área. Sánchez cobrou bem, mas Ter Stegen fez bela defesa para garantir o inédito título alemão.

Mais cedo, na disputa pelo terceiro lugar, Portugal precisou da prorrogação para conseguir a vitória por 2 a 1 sobre o México e fechar a participação na Copa das Confederações com a medalha de bronze.

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