Presidente da Federação Espanhola de Futebol é preso por malversação
Madri, 18 Jul 2017 (AFP) - O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Ángel María Villar, foi detido nesta terça-feira (18) para ser interrogado sobre suspeitas de administração desleal, apropriação indébita e falsidade documental em sua gestão - informou uma fonte judicial à AFP.
Villar, há 29 anos à frente da RFEF, foi detido junto com seu filho, Gorka, ex-diretor da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol).
Outras pessoas foram detidas na operação, como o vice-presidente econômico da RFEF, Juan Padrón, e o secretário da federação de Tenerife, Ramón Hernández Boussou.
As detenções destes dirigentes obrigaram o adiamento "até nova data" da Assembleia Geral da RFEF, prevista para esta quinta-feira e na qual seria discutido o calendário e os jogos da próxima temporada 2016-17 da Liga Espanhola.
A Justiça suspeita que os detidos cometeram "delitos de administração desleal, apropriação indevida, corrupção entre particulares e falsificação de documento", segundo comunicado da Guarda Civil espanhola.
- Troca de favores -Villar, também vice-presidente da Uefa e da Fifa, teria organizado a realização de jogos da seleção espanhola, principalmente de amistosos, buscando "contraprestações para a contratação de serviços e outras relações comerciais para benefício de seu filho", explicou a Guarda Civil.
Nas primeiras horas da tarde na Espanha, Villar foi escoltado até a sede da RFEF, em Madri, para acompanhar a investigação e as buscas e apreensões que estão sendo realizadas.
Quando este processo foi finalizado, o mandatário será transferido às dependências da polícia para esperar pela audiência com um juiz, o que deve acontecer na quinta-feira.
De acordo com a imprensa espanhola os agentes também fizeram buscas e apreensões nas sedes das federações de Valencia, Tenerife, Las Palmas e Ceuta.
A investigação faz parte de uma denúncia apresentada em início de 2016 pelo Conselho Superior de Esportes (CSD), cujo ex-presidente Miguel Cardenal manteve um continuo confronto com Villar, especialmente pela supervisão financeira que o primeiro queria instituir nas federações.
"Isso não é bom para a imagem da Espanha", lamentou nesta terça-feira o sucessor de Cardenal à frente do CSD, José Ramón Lete.
- Dirigente polêmico -Esta investigação difere de outra em que está envolvido Villar pelo valor de 1,2 milhão de euros pagos à RFEF e destinados à construção de uma escola de futebol no Haiti, o que nunca foi levado a cabo.
A RFEF devolveu o dinheiro ao CSD, mas o caso segue sendo investigado.
O polêmico presidente da RFEF também foi multado em 2015 pela Comissão de Ética da Fifa por não colaborar plenamente com a investigação interna sobre a atribuição das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para Rússia e Catar, respectivamente.
Um porta-voz da Fifa não quis comentar a detenção de Villar, se contentando em afirmar que "trata-se de um assunto interno" espanhol.
As polêmicas não são poucas durante o mandato de Villar na RFEF, especialmente devido aos seguidos desentendimentos com o presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas.
Ex-jogador do Athletic Bilbao, entre 1971 e 1981, e da seleção espanhola (22 jogos), Villar teve carreira de maior sucesso como cartola, após se tornar presidente da RFEF em 1988.
No campo esportivo, sob seu comando, a seleção espanhola viveu o melhor momento de sua história recente, conquistando a Copa do Mundo em 2010 e as Eurocopas em 2008 e 2012.
str-avl/am
Villar, há 29 anos à frente da RFEF, foi detido junto com seu filho, Gorka, ex-diretor da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol).
Outras pessoas foram detidas na operação, como o vice-presidente econômico da RFEF, Juan Padrón, e o secretário da federação de Tenerife, Ramón Hernández Boussou.
As detenções destes dirigentes obrigaram o adiamento "até nova data" da Assembleia Geral da RFEF, prevista para esta quinta-feira e na qual seria discutido o calendário e os jogos da próxima temporada 2016-17 da Liga Espanhola.
A Justiça suspeita que os detidos cometeram "delitos de administração desleal, apropriação indevida, corrupção entre particulares e falsificação de documento", segundo comunicado da Guarda Civil espanhola.
- Troca de favores -Villar, também vice-presidente da Uefa e da Fifa, teria organizado a realização de jogos da seleção espanhola, principalmente de amistosos, buscando "contraprestações para a contratação de serviços e outras relações comerciais para benefício de seu filho", explicou a Guarda Civil.
Nas primeiras horas da tarde na Espanha, Villar foi escoltado até a sede da RFEF, em Madri, para acompanhar a investigação e as buscas e apreensões que estão sendo realizadas.
Quando este processo foi finalizado, o mandatário será transferido às dependências da polícia para esperar pela audiência com um juiz, o que deve acontecer na quinta-feira.
De acordo com a imprensa espanhola os agentes também fizeram buscas e apreensões nas sedes das federações de Valencia, Tenerife, Las Palmas e Ceuta.
A investigação faz parte de uma denúncia apresentada em início de 2016 pelo Conselho Superior de Esportes (CSD), cujo ex-presidente Miguel Cardenal manteve um continuo confronto com Villar, especialmente pela supervisão financeira que o primeiro queria instituir nas federações.
"Isso não é bom para a imagem da Espanha", lamentou nesta terça-feira o sucessor de Cardenal à frente do CSD, José Ramón Lete.
- Dirigente polêmico -Esta investigação difere de outra em que está envolvido Villar pelo valor de 1,2 milhão de euros pagos à RFEF e destinados à construção de uma escola de futebol no Haiti, o que nunca foi levado a cabo.
A RFEF devolveu o dinheiro ao CSD, mas o caso segue sendo investigado.
O polêmico presidente da RFEF também foi multado em 2015 pela Comissão de Ética da Fifa por não colaborar plenamente com a investigação interna sobre a atribuição das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para Rússia e Catar, respectivamente.
Um porta-voz da Fifa não quis comentar a detenção de Villar, se contentando em afirmar que "trata-se de um assunto interno" espanhol.
As polêmicas não são poucas durante o mandato de Villar na RFEF, especialmente devido aos seguidos desentendimentos com o presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas.
Ex-jogador do Athletic Bilbao, entre 1971 e 1981, e da seleção espanhola (22 jogos), Villar teve carreira de maior sucesso como cartola, após se tornar presidente da RFEF em 1988.
No campo esportivo, sob seu comando, a seleção espanhola viveu o melhor momento de sua história recente, conquistando a Copa do Mundo em 2010 e as Eurocopas em 2008 e 2012.
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