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Ferrari quer usar GP da Hungria para se relançar na temporada

28/07/2017 11h41

Budapeste, 28 Jul 2017 (AFP) - Pressionada pela exuberância apresentada pela Mercedes -líder do Mundial de Construtores- nas últimas corridas, a Ferrari quer usar o Grande Prêmio da Hungria, neste domingo, para se relançar em busca do título.

Estreito e sinuoso, o traçado de Hungaroring é, a priori, o cenário ideal para acabar com a hemorragia que afeta a escuderia italiana há quatro provas.

Num circuito onde ultrapassagens são historicamente raras, tudo deve ser decidido nos treinos classificatórios.

Apesar do novo regulamento técnico que entrou em vigor nesta temporada, os carros da Mercedes continuam sendo os mais rápidos, como provam os oito pódios conquistados em dez corridas disputadas nesta temporada.

Desde final de maio, a vantagem da Mercedes em relação às outras escuderias tem sido em média de quatro décimos por volta, com picos de mais de um segundo (GP de Baku) e de seis décimos (GP de Silverstone).

"No sábado sofremos demais, o que fez com que largássemos de posições mais atrasadas na corrida de domingo", lembrou Sebastian Vettel, que segue na liderança do Mundial, agora com apenas um ponto de vantagem sobre Lewis Hamilton (177 contra 176).

Na Áustria, contudo, o alemão foi superado por apenas quatro centésimos de segundo em média por Valtteri Bottas, um tempo menos motivado pelo traçado curto do Red Bull Ring. Algo que pode se repetir neste fim de semana.

Amplamente superado no Mundial de Construtores, no qual se encontra a 55 pontos da Mercedes, a Ferrari tem visto sua situação no Mundial de Pilotos se complicar a cada corrida.

Motivo para que o chefe da escuderia, Maurizio Arrivabene, pedisse aos comandados uma "reação imediata" na Hungria.

"Não adianta ficar se lamentando. É preciso melhorar rapidamente, com humildade e determinação", afirmou o dirigente.

- Mercedes, de menos a mais -O presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, fortaleceu esta postura enviando uma carta a todos os funcionários da equipe.

A estratégia de comunicação desenhada pela Ferrari para esta temporada, baseada no silêncio, apresenta falhas. Ao mesmo tempo a escuderia aparenta estar em ordem nos bons momentos, tudo desmorona quando chega uma sequência de maus resultados.

Vettel, contudo, não mostra interesse no que não é estritamente esportivo. "A Mercedes talvez seja mais confiável em relação à aerodinâmica, mas nas curvas nosso carro responde muito bem graças a seu equilíbrio", garante.

"Acredito que esta corrida será muito diferente de Silverstone", adiantou o alemão, que espera que o traçado de Budapeste seja tão favorável quanto foi Mônaco, onde a Ferrari superou com autoridade a escuderia rival.

Foi precisamente após o GP do Principado que a tendência começou pouco a pouco a favorecer a Mercedes, que soube implementar melhorias técnicas em seu carro para melhorar o rendimento ao longo da temporada.

"Fizemos um grande esforço para melhorar a combinação do carro com os pneus", afirmou Toto Wolff, chefe da Mercedes.

"Dito isso, quero ver como vamos funcionar em Budapeste, com velocidades mais lentas e temperaturas mais elevadas na pista", concluiu.

smr/jma/am

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