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La Liga pediu para Uefa investigar Manchester City

04/09/2017 14h33

Madri, 4 Set 2017 (AFP) - A Liga espanhola (LaLiga) pediu que a Uefa abra investigação ao Manchester City por supostamente ter infringido o fair-play financeiro (FFP), e comemorou que a entidade europeia esteja acompanhando de perto a transação multimilionária de Neymar para o Paris Saint-Germain.

A LaLiga "comemora que a Uefa tenha aberto investigação formal sobre o fair-play financeiro ao PSG", que veio depois da "LaLiga pedir formalmente essas provas ao PSG e Manchester City em agosto", afirmou em comunicado desta segunda-feira.

A Uefa anunciou, na última sexta, que abriu investigação formal sobre o clube francês. Mas segundo fontes próximas do caso, nenhuma decisão foi tomada para buscar evidências da quebra do regulamento pelo time da Premier League.

No dia 22 de agosto, o campeonato espanhol pediu que os dois clubes fossem investigados, em duas solicitações separadas, porque suas finanças "não tem fundamento na realidade do mercado".

"Especificamente, PSG e Manchester City se beneficiam de patrocínios que não têm sentido econômico e carecem de qualquer valor justo", avaliou a LaLiga.

"O financiamento de PSG e Manchester City, graças às ajudas estatais, distorce as competições europeias e cria uma espiral inflacionário que prejudica a indústria do futebol", garantiu o presidente da La Liga, Javier Tebas, citado no comunicado.

"O PSG é um infrator habitual e violou o regulamento do fair-play financeiro da Uefa durante três anos", acrescentou Tebas.

"É importante que a Uefa não só se limite a revisar as contratações mais recentes, mas também o histórico de descumprimento do PSG", acrescentou o presidente do campeonato espanhol, insistindo que "as contratações são unicamente o resultado de anos de doping financeiro do PSG".

Tebas acusou as últimas duas operações recentes do clube francês, que tirou Neymar do Barcelona por 222 milhões de euros e Kylian Mbappé do Monaco, por empréstimo com opção de compra de 1890 milhões.

"A Uefa deve fazer que as regulações do fair-play financeiro se cumpram, para evitar a discriminação entre os clubes", concluiu Tebas.