Topo

Ban Ki-moon é o novo presidente da Comissão de Ética do COI

14/09/2017 13h55

Lima, 14 Set 2017 (AFP) - O ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon foi eleito presidente da Comissão de Ética do Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta quinta-feira, em um esforço da instituição de projetar transparência em sua gestão, no momento em que sombras de corrupção recaem sobre entidades esportivas.

Ban Ki-moon foi eleito com 74 votos a favor, 4 contra e 5 abstenções durante o 131º Congresso do COI, em Lima, que também serviu para eleger ou reeleger outros sete membros da entidade.

O ex-secretário-geral da ONU afirmou que buscará "transparência, responsabilidade e um bom governo".

"Expresso minha sincera gratidão por ter sido eleito. É uma grande honra e privilégio e aceito está responsabilidade séria", declarou Ban, que substitui no cargo o senegalês Youssoupha Ndiaye.

"Obrigado por aceitar esta posição. Esta é uma grande expressão de seu compromisso com a ética, com o COI e com o esporte. Nos sentimos honrados com a credibilidade que representa essa designação", declarou após a votação o presidente do COI, Thomas Bach.

Na quarta-feira, o COI definiu a dupla atribuição das sedes dos Jogos Olímpicos de 2024 e 2028 para Paris e Los Angeles, respectivamente.

O escândalo de corrupção para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016 também foi tema do Congresso do COI.

Thomas Bach negou no início da semana haver "responsabilidade coletiva" no escândalo "porque são atos que foram cometidos por uma só pessoa que vai contra o interesse da organização".

Na semana passada, as autoridades brasileiras realizaram uma grande operação contra Carlos Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e membro honorário do COI, suspeito de ter organizado um esquema de compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse escolhido sede dos Jogos de 2016.

Bach reiterou que o COI tomará as medidas necessárias quando o Comitê de Ética da entidade receber das autoridades brasileiras as provas das acusações que pesam sobre Nuzman.

"Nos encontramos diante de denúncias contra Nuzman e isso tem que ser esclarecido e depois serão tomadas as devidas ações", refirmou o presidente do COI.