Topo

Argentina e Chile com a corda no pescoço nas eliminatórias

03/10/2017 16h01

Montevidéu, 3 Out 2017 (AFP) - Toda Argentina está implorando para Lionel Messi continuar o excepcional início de temporada do Barcelona com a seleção, que está na beira do abismo antes da penúltima rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da Rússia, que também pode deixar o Chile de fora.

Com o Brasil classificado (37 pontos) e já pensando na Rússia, Uruguai (27) e Colômbia (26) estão mais próximas do Mundial, enquanto Peru (24), Argentina (24) e Chile (23) brigam pela última vagas direta e uma de repescagem. Paraguai (21) e Equador (20) têm chances remotas.

O Uruguai vai conseguir a vaga para a Copa se vencer a Venezuela no próximo jogo, enquanto a Colômbia garante pelo menos vaga na repescagem caso supere o Paraguai em casa. Com combinação de resultados favorável, a Colômbia sela vaga direta.

- Alerta laranja -O elenco da Argentina é um caso de divã, algo que deixa os argentinos em polvorosa. Apesar de contar com nomes como Paulo Dybala, Sergio Aguero e Messi, artilheiros nos respectivos campeonatos pelos times que não demonstram o mesmo faro de gol com a camisa azul e branca.

Quando estão com a camisa da seleção, os jogadores pecam diante da trave e o ataque da seleção tem os mesmos 16 gols marcados pela Bolívia nas eliminatórias.

Em quinto lugar e na zona de repescagem, a Argentina não tem espaço para lamentações. E os atletas vão ter mais a ajuda do estádio Bombonera, do Boca Juniors, conhecido por intimidar o rival pela proximidade do gramado.

A geração está pressionada pelas três finais perdidas em três anos (Copa do Mundo 2014 e Copas Américas de 2015 e 2016). Já são 24 anos sem conquistar um título.

Peru, que entrou ela primeira vez na zona de classificação na rodada passada, vai ser adversário complicado para os comandados de Jorge Sampaoli. Em caso de derrota, a dúvida sobre um Mundial sem Messi vai ficar ainda mais forte.

- Sánchez e Vidal -Se a Argentina está perto do precipício, o Chile está desesperado para não cair no abismo.

Em sexto lugar e fora da zona de classificação, a equipe faz eliminatória medíocre marcada pelas más atuações das principais estrelas Arturo Vidal (Bayern de Munique) e Alexis Sánchez (Arsenal).

Vidal e Sánchez lideram a chamada geração dourada do futebol chileno, que conquistou os únicos dois títulos de sua história. O fracasso nas eliminatórias pode provocar uma mudança antecipada.

A "La Roja" vive das glórias de uma geração única, mas precisa revalidar a força nos momentos decisivos. Na quinta, o time vai enfrentar o Equador, que iniciou o campeonato voando mas chegou às duas rodadas finais com poucas chances de classificação.

- Acordou em tempo -O Uruguai cochilou, mas acordou em tempo para se classificar.

Depois de três derrotas seguidas contra Chile (3-1), Brasil (4-1) e Peru (2-1), a Celeste se recuperou no empate sem gols com a Argentina e venceu o Paraguai por 2 a 1, em Assunção.

Os uruguaios já conseguiam se imaginar na quinta repescagem seguida. No entanto, o jovem Federico Valverde ajudou os consagrados Suárez e Cavani a conquistarem vitória para deixar a equipe na fronteira para o Mundial.

Os comandados de Óscar Tabárez vão visitar a eliminada Venezuela, que não tem nada a perder e pode atrapalhar. O Uruguai tem calendário favorável e vai fechar a eliminatória recebendo a Bolívia.

- Colômbia sente o gosto -A equipe de James Rodríguez, Radamel Falcao e companhia tem tudo para conseguir a vaga.

Sem muito alarde, o time de Néstor Pekerman foi subindo na classificação com jogos mais brigados do que bem jogados.

Nenhuma das estrelas da equipe decolaram nas eliminatórias e a aposta está em manter a força da defesa e atacar quando aparecer uma oportunidade.

O Paraguai, sétimo colocado com 21 pontos, não tem outra alternativa: o time precisa de garra e coragem para ainda sonhar com a vaga.

- Brasil faz testes -O Brasil já está tranquilo e se preparando para a Copa do Mundo do ano que vem. Longe da pressão pela classificação, o time de Neymar vai encarar a Bolívia e altitude de 3.600 metros de La Paz para ver todos do alto.

Para os anfitriões, o objetivo é continuar invicto em casa contra o Brasil. O tabu já dura 24 anos.

bur-ol/fa