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Infantino insiste que doping não é um problema no futebol

01/12/2017 11h22

Moscou, 1 dez 2017 (AFP) - Presidente da Fifa, Gianni Infantino insistiu em isolar qualquer suspeita de doping que possa afetar o futebol, nesta sexta-feira, antes da realização da Copa do Mundo 2018 na Rússia, país marcado pelo doping.

A Rússia perdeu um terço de suas medalhas conquistadas nos Jogos de Inverno de Sochi-2014. Além disso, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) manteve punições contra atletas russos na semana passada, poucos dias antes do Comitê Olímpico Internacional (COI) decidir se permite os atletas do país participarem das Olimpíadas de Pyeonchang-2018.

O esporte russo está sob suspeita desde as revelações sobre um vasto programa de doping, aparatado pelo Estado e que funcionou durante anos nessas condições.

Infantino declarou que o número de controles que são realizados atualmente no futebol são suficientes para demonstrar que o esporte está limpo.

"Não acho que existam muitas outras federações internacionais que façam tantos controles antidoping como o futebol. Na Fifa, na Uefa, nas associações nacionais, tanto em competição quanto fora... Urina, sangue, passaportes biológicos", declarou Infantino em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, em Moscou, poucas horas antes do sorteio para o Mundial.

"Os jogadores profissionais dos grandes times jogam 50 ou 60 jogos por ano. Estão controlados, apesar de não saber quantas vezes ao ano", acrescentou.

"Se existisse um sério problema no futebol, já se saberia, fosse na Rússia ou em qualquer outro país do mundo", insistiu.

Infantino esteve acompanhado do vice-primeiro ministro russo Vitaly Mutko, presidente do comitê de organização da Rússia-2018 que envolvido com as acusações de doping no país. Mutko foi ministro de esportes entre 2008 e 2016.

Perguntado se Mutko manteria seu posto como máximo responsável da organização da Copa do Mundo, caso o COI se posicione contra a Rússia, Infantino foi contundente: "no que me diz respeito ou à Fifa, a resposta é fácil: não vai ter nenhum impacto".

"Não participarei de nenhuma especulação sobre nenhuma situação. A Fifa tampouco", declarou Infantino, lembrando que "todos os testes realizados na Copa do Mundo 2014, na Copa das Confederações, nas Eurocopas e nos torneios de clubes foram negativos", sobre os atletas russos.

"E esses controles não foram realizados na Rússia, mas fora do país e por um pessoal que não era russo", se defendeu. "Esse será também o caso no futuro. Se alguém violar as regras e se dopar, haverá punição", concluiu.