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Alexis Sánchez fecha acordo com MP espanhol por fraude fiscal

07/02/2018 12h09

Madri, 7 Fev 2018 (AFP) - O atacante chileno Alexis Sánchez chegou a um acordo com o Ministério Público e aceita uma sentença de 16 meses de prisão, mas não será preso, pelo caso de uma fraude de um milhão de euros ao fisco espanhol, derivado de seus direitos de imagem.

O jogador, atualmente no Manchester United, aceitou a pena por dois crimes contra a Fazenda pública cometidos em 2012 e 2013, quando defendia no Barcelona, ao utilizar empresas de fachada para ocultar os rendimentos por direitos de imagem, segundo o acordo com o MP.

Em janeiro de 2017, Sánchez "reconheceu uma tributação equivocada que já foi solucionada com a Receita" durante declaração ao juiz via vídeo-conferência desde Londres.

O acordo feito pela defesa do jogador, pela procuradoria e pela defensoria do Estado, que representa o fisco, conclui a denúncia realizada pelo MP em outubro de 2016. Sánchez foi acusado de esconder 983.000 euros de receita com direitos de imagem.

A procuradoria lembrou que Sánchez apresentou a relação dos impostos em 2012 e 2013, mas sem "receita nenhuma derivada da exploração de seus direitos de imagem". O chileno também não indicou que era proprietário de uma empresa maltesa, a qual cedeu tais direitos.

Segundo a procuradoria, Alexis cedeu os direitos de imagem a sua companhia chilena Inversiones Alsan, que logo repassou para a companhia maltesa Numidia Trading Limited, que o jogador detém 99,9% das ações.

Após admitir sua ação em janeiro, Sánchez agora aceita a pena de oito meses de prisão para cada um dos dois delitos contra a Receita. Mas tanto a procuradoria quanto a defensoria pedem "a suspensão da execução das penas de prisão" desde que não volte a delinquir no período de dois anos.

O caso de Sánchez se une a de outros jogadores, como o lateral brasileiro Marcelo, que também reconheceu fraude fiscal de meio milhão de euros, ou como o argentino Javier Mascherano, que aceitou um ano de prisão por fraude fiscal de 1,5 milhões de euros por direitos de imagem para evitar processos judiciais.