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Parlamentares sul-coreanos protestam contra visita de general norte-coreano

23/02/2018 06h05

Seul, 23 Fev 2018 (AFP) - Quase 70 parlamentares de oposição protestaram nesta sexta-feira diante da presidência da Coreia do Sul contra a visita ao país do general norte-coreano Kim Yong Chol, acusado de ser um criminoso de guerra.

Kim Yong Chol lidera a delegação norte-coreana que comparecerá no domingo à cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, que permitiram uma distensão entre as Coreias.

Os parlamentares do Partido da Liberdade da Coreia protestaram diante da Casa Azul, sede da presidência, para exigir que o presidente Moon Jae-in não autorize a entrada da delegação norte-coreana.

"Kim Yong Chol é um criminoso de guerra diabólico que atacou o Sul. Merece ser enforcado na rua", afirmou em um comunicado o líder da bancada parlamentar do Partido da Liberdade.

"Não podemos admitir que um criminoso de guerra tão atroz, que deve ser cortado em pedaços, seja convidado para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos", completa o texto.

O porta-voz do ministério sul-coreano da Unificação, Baek Tae-hyun, afirmou que a visita do general norte-coreano é "uma oportunidade para melhorar as relações intercoreanas".

Kim Yong Chol é responsável pelas relações entre as Coreias no partido único que governa a Coreia do Norte.

Os sul-coreanos suspeitam que ele deu a ordem para torpedear a corveta sul-coreana Cheonan em 2010, uma ação que matou 46 marinheiros.

O ministério sul-coreano da Defesa também relacionou o seu nome aos disparos de 170 obuses e foguetes contra a ilha de Yeonpyeong em 2010, que deixaram quatro mortos, incluindo dois civis.

O general Kim Yong Chol não é alvo das sanções da ONU contra autoridades norte-coreanas, mas sofre medidas de retaliação decididas pelo Sul.