Marlos, brasileiro do Shakthar que se tornou ucraniano
Kiev, 13 Mar 2018 (AFP) - Willian, Fernandinho, Brandão e agora Marlos. A última pérola brasileira do Shakhtar não viajou para Donetsk apenas para fazer seu nome... Como agradecimento à recepção no leste europeu, o meia se nacionalizou ucraniano e já vestiu a camisa da seleção do país.
Marlos Romero Bonfim faz parte da longa lista de brasileiros que viajaram ao país do carvão como um trampolim para a elite do futebol europeu. Mas seu destino deu uma virada.
Formado no Coritiba, o menino de São José dos Pinhais se mudou para São Paulo. Espetacular, mas irregular em um dos grandes clubes do Brasil, decidiu dar o salto para a Europa em 2012. Primeiro no Metalist Kharkiv e dois anos depois para o Shakhtar, onde se tornou insubstituível.
Jogador do ano nas últimas duas temporadas, o meia atacante de 29 anos é conhecido pelos dribles e pelos gols. São 40 gols em 158 jogos com a camisa laranja, números que o colocaram na liderança da legião estrangeira do Shakhtar, que conta com oito brasileiros e dois argentinos.
"É mágico", revela sem hesitar o técnico Paulo Fonseca, um português que facilitou sua integração ao leste europeu.
O Shakhtar, transformado em habitual na Liga dos Campeões, quer derrubar a Roma para alcançar pela segunda vez às quartas de final da competição. O time vai à capital italiana com a vantagem da vitória por 2 a 1 no jogo de ida.
Para entrar entre os oito melhores clubes do continente, o time conta com a boa fase de Marlos, autor de quatro gols e três assistências em fevereiro. O desempenho valeu o prêmio de melhor jogador do mês.
- 'Sentido de acolhimento' -"Este prêmio faz me sentir orgulhoso, porque mostra que meu trabalho foi reconhecido. Só posso agradecer ao clube, fui bem recebido por todo mundo desde o primeiro dia", destacou há uma semana ao jornal Lance.
O clube, que divide o dia a dia em três cidade por conta da guerra civil na Ucrânia, está na corrida para defender o título nacional.
Suas atuações chamaram a atenção da federação ucraniana, já que o meia nunca tinha sido convocado para a seleção brasileira.
"Se isso acontecer (ser convocado pela Ucrânia), será um pequeno presente aos ucranianos para agradecer pelo acolhimento", destacou em 2016.
Um ano depois, em setembro, o sonho começou a se tornar realidade. Uma vez mais esquecido pelo grupo brasileiro, Marlos se nacionalizou ucraniano e um mês depois estreou contra o Kosovo nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo da Rússia. A Ucrânia acabou ficando de fora do Mundial.
O gesto de Marlos alcançou o coração do povo ucraniano, habituado a ver os brasileiros utilizarem o futebol do país mais como um trampolim do que como um porto final para se instalarem.
"A Ucrânia atravessa um período complicado. Muitos atletas se vão, adotam outras nacionalidades", comentou a lenda nacional Andrei Shevchenko.
"Mas Marlos, ao contrário, ligou seu futuro ao de nosso país. Seria algo estúpido não convocar um jogador assim", acrescentou o Bola de Ouro de 2004.
Marlos Romero Bonfim faz parte da longa lista de brasileiros que viajaram ao país do carvão como um trampolim para a elite do futebol europeu. Mas seu destino deu uma virada.
Formado no Coritiba, o menino de São José dos Pinhais se mudou para São Paulo. Espetacular, mas irregular em um dos grandes clubes do Brasil, decidiu dar o salto para a Europa em 2012. Primeiro no Metalist Kharkiv e dois anos depois para o Shakhtar, onde se tornou insubstituível.
Jogador do ano nas últimas duas temporadas, o meia atacante de 29 anos é conhecido pelos dribles e pelos gols. São 40 gols em 158 jogos com a camisa laranja, números que o colocaram na liderança da legião estrangeira do Shakhtar, que conta com oito brasileiros e dois argentinos.
"É mágico", revela sem hesitar o técnico Paulo Fonseca, um português que facilitou sua integração ao leste europeu.
O Shakhtar, transformado em habitual na Liga dos Campeões, quer derrubar a Roma para alcançar pela segunda vez às quartas de final da competição. O time vai à capital italiana com a vantagem da vitória por 2 a 1 no jogo de ida.
Para entrar entre os oito melhores clubes do continente, o time conta com a boa fase de Marlos, autor de quatro gols e três assistências em fevereiro. O desempenho valeu o prêmio de melhor jogador do mês.
- 'Sentido de acolhimento' -"Este prêmio faz me sentir orgulhoso, porque mostra que meu trabalho foi reconhecido. Só posso agradecer ao clube, fui bem recebido por todo mundo desde o primeiro dia", destacou há uma semana ao jornal Lance.
O clube, que divide o dia a dia em três cidade por conta da guerra civil na Ucrânia, está na corrida para defender o título nacional.
Suas atuações chamaram a atenção da federação ucraniana, já que o meia nunca tinha sido convocado para a seleção brasileira.
"Se isso acontecer (ser convocado pela Ucrânia), será um pequeno presente aos ucranianos para agradecer pelo acolhimento", destacou em 2016.
Um ano depois, em setembro, o sonho começou a se tornar realidade. Uma vez mais esquecido pelo grupo brasileiro, Marlos se nacionalizou ucraniano e um mês depois estreou contra o Kosovo nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo da Rússia. A Ucrânia acabou ficando de fora do Mundial.
O gesto de Marlos alcançou o coração do povo ucraniano, habituado a ver os brasileiros utilizarem o futebol do país mais como um trampolim do que como um porto final para se instalarem.
"A Ucrânia atravessa um período complicado. Muitos atletas se vão, adotam outras nacionalidades", comentou a lenda nacional Andrei Shevchenko.
"Mas Marlos, ao contrário, ligou seu futuro ao de nosso país. Seria algo estúpido não convocar um jogador assim", acrescentou o Bola de Ouro de 2004.
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