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Hamilton e Vettel buscam quinto título para igualarem mítico Fangio na Fórmula 1

20/03/2018 11h00

Paris, 20 Mar 2018 (AFP) - O britânico Lewis Hamilton, atual campeão do mundo, e o alemão Sebastian Vettel iniciam a temporada da Fórmula 1 em busca do quinto título que os igualariam a outro mito do automobilismo, o argentino Manuel Fangio, na categoria que segue tentando recuperar a espetacularidade e o equilíbrio de outrora.

A poucos dias do começo do campeonato de 2018, domingo, com o Grande Prêmio da Austrália realizado em Melbourne, o panorama esportivo não parece ter mudado muito em relação ao ano passado. Tanto Hamilton quanto Vettel aparecem como os grandes favoritos ao título, com suas equipes Mercedes e Ferrari brigando pelo mundial de construtores.

A temporada 2017 marcou o retorno da Ferrari ao melhor nível, depois de oito anos do último título de construtores e nove anos do mais recente troféu entre os pilotos.

Ainda assim, a Scuderia não foi confiável na parte final da temporada, o que acabou tirando as chances de título para Vettel e abriu caminho para o tetra-campeonato de Hamilton.

2018 se anuncia como o ano da revanche no duelo entre dois dos melhores pilotos da história, com o tempero especial de que quem levantar o troféu vai se igualar ao mítico Fangio. Além disso, o campeão estaria a dois títulos de igualar o recorde do hepta campeão alemão Michael Schumacher.

Resta ver se seus respectivos companheiros, os finlandeses Valtteri Bottas (Mercedes) e Kimi Räikkönen (Ferrari), serão capazes de competir com seus líderes, enquanto a Red Bull busca servir como fiel da balança na disputa.

Atrás das três principais equipes, o restante são apenas dúvidas: seria a Force India capaz de ficar em quarto lugar pelo terceiro ano consecutivo? A McLaren vai recuperar o esplendor com os novos motores Renault? Como a Toro Rosso vai se adaptar aos propulsores Honda, que parecem finalmente progredir?

- Pneus mais rápidos e "halo"As corridas vão ser disputadas em velocidades ainda maiores que no ano passado, quando os carros mais largos, baixos e com melhor rendimento bateram os recordes de volta mais rápida em 10 circuitos.

Pirelli, que fornece os pneus de todo o gride, criou um novo composto ainda mais macio e rápido: o hiper macio.

O pneu permitiu Vettel pulverizar o recorde do circuito de Barcelona, durante os testes da pré-temporada em Barcelona (1:17.182 contra a marca de 1:18.339 do brasileiro Felipe Massa em 2008). Um tempo promissor, apesar de ser preciso levar em conta que a pista foi reasfaltada no inverno, o que ajuda a melhorar o rendimento.

Quanto aos carros, os amantes da velocidade precisarão se acostumar com o "halo", sistema de proteção frontal do cockpit que a Federação Internacional do Automobilismo (FIA) obrigou a instalar.

O dispositivo, que deve proteger a cabeça dos pilotos em caso de choque com um objeto projetado no ar, não conquistou a unanimidade nem do público nem dos "boxes", por conta do aspecto pouco estético da estrutura de titânio.

Outra evolução visível será que a Fórmula 1 perderá grande parte dos apêndices aerodinâmicos, que se instalavam na parte traseira dos carros e foram proibidos.

Ainda assim, a mudança mais importante não se pode ver: as escuderias estarão limitadas a três motores por carro e por ano, no lugar dos quatro da temporada passada. Por conta disso, a confiabilidade dos propulsores será crucial e as penalizações para quem não respeitar a regra terão papel importante.

- Em busca de mais espetáculo -No comando da Fórmula 1 desde janeiro de 2017, o grupo americano Liberty Media tenta modernizar o campeonato para torná-lo mais atrativo para os jovens. Por isso, entrou com tudo na era digital fazendo acordo com Snapchat, competições de E-Sport...

Além disso, a categoria privilegiou mais do que nunca o espetáculo, com uma demonstração nas ruas de Londres e a apresentação do GP dos Estados Unidos como se fosse uma luta de boxe.

Em 2018, vai ser colocado em ação o serviço de televisão por demanda, além dos horários das corridas terem sido modificados para os difusores conseguirem dar mais valor para a formação do gride e para os minutos anteriores à largada.

Com a necessidade de se adaptar aos novos tempos, a direção da F1 decidiu tirar as populares "grid girls", mulheres que acompanhavam os pilotos no gride. Para a organização, elas davam uma imagem "que não corresponde com os valores defendidos pela marca e que está claramente em contradição com as atuais normas sociais", explicou a Liberty Media ao anunciar a medida.

As modelos serão substituídas por jovens aspirantes a piloto.

pel/mcd/iga/fa

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