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Para Drogba, Messi é "lendário" e "não está longe" de alcançar Pelé

Pelé entrega prêmio a Messi durante cerimônia da Fifa - AFP PHOTO /FABRICE COFFRINI
Pelé entrega prêmio a Messi durante cerimônia da Fifa Imagem: AFP PHOTO /FABRICE COFFRINI

Da AFP, em Bogotá (Colômbia)

20/03/2018 19h22

Bogotá, 20 Mar 2018 (AFP) - O atacante marfinense Didier Drogba, em visita à Colômbia, declarou que o argentino Lionel Messi é "fora do comum" e já não está "muito longe" de Pelé na história do futebol.

"Messi poderia acabar sua carreira agora e já teria feito muito pelo futebol, mas se ganhar uma Copa do Mundo isso fará dele ainda mais lendário. Ele é fora do comum!", elogiou Drogba, 40 anos, em entrevista nesta segunda-feira à AFP.

Se o atacante argentino do Barcelona "não está ainda à altura de Maradona e Pelé, ele não está longe", completou.

Embaixador da associação monegasca "Peace & Sport" (Paz e Esporte), Drogba chegou no sábado à Colômbia como o Príncipe Alberto II de Mônaco, que patrocina a entidade.

Durante o fim de semana, o atacante marfinense compartilhou sua experiência, jogou bola e até dançou com jovens de várias zonas da Colômbia e bairros pobres de Cartagena, uma cidade na costa caribenha e uma das mais desiguais de um país que sofreu por mais de 50 anos com um conflito armado.

"Foi uma experiência muito rica", declarou por telefone Drogba, que se mostrou comovido porque a Colômbia "passou por muitas crises e está fazendo todo o possível para sair delas" graças ao acordo assinado em 2016 com a ex-guerrilha das Farc, convertida em partido político, e as negociações em andamento com o Exército de Libertação Nacional (ELN, última guerrilha ativa).

- O esporte como 'ferramenta da paz' -Ao dar às boas-vindas à "juventude mobilizada pela paz", Drogba afirmou que a Colômbia é "um exemplo por ter chegado a um acordo de paz depois de tantos anos de violência".

Drogba, que militou pela reconciliação da Costa do Marfim durante a crise política do início do século, afirmou estar convencido que "o esporte é uma ferramenta para a paz".

Em relação à próxima Copa do Mundo, Drogba, que jogou às Copas de 2006, 2010 e 2014 pela Costa do Marfim, se negou a fazer um prognóstico sobre um vencedor, mas declarou que "uma surpresa seria bem-vinda. "Por que não uma equipe africana? Seria um orgulho".

Em relação ao Brasil, que perdeu em casa o último Mundial, Drogba acredita que a seleção vai "chegar com uma motivação extra" e poderá se recuperar "para fazer uma boa Copa".

O ex-atacante do Chelsea e do Olympique de Marselha, entre outros clubes, hoje no Phoenix Rising (segunda divisão norte-americana), declarou recentemente que cogita a aposentadoria.

"Eu disse isso porque era minha sensação naquele momento, continuo pensando assim mas estou deixando para depois, ainda não posso dizer quando vou parar", disse rindo.

"Em um mês, em dois meses, talvez isso terá mudado", alertou. "Mas, mesmo se parar de jogar, vou continuar envolvido com o futebol, sempre, já que sou dono do clube Phoenix".