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Liverpool domina City no 1º tempo, faz 3-0 e se aproxima das semis da Champions

04/04/2018 18h07

Liverpool, 4 Abr 2018 (AFP) - O Liverpool fez valer o mando de campo, dominando o Manchester City em Anfield para vencer por 3 a 0, nesta quarta-feira no jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões, dando um grande passo rumo à classificação às semifinais da competição continental.

A vitória dos Reds foi toda construída no primeiro tempo, com gols do egípcio Mohamed Salah (12 minutos), de Alex Oxlade-Chamberlain (21) e do senegalês Sadio Mané (31), que derrubaram o City de Pep Guardiola, praticamente imbatível nesta temporada.

Em Anfield, o City não conseguiu reproduzir o futebol dominante que lhe vale atualmente a liderança isolada do Campeonato Inglês e colocou a equipe como uma das favoritas ao título da Champions.

Ao invés disso, o que se viu em campo foi um Liverpool capaz de impor sua força física e a velocidade de seus atacantes, diante de um City vulnerável, desatento defensivamente e que não conseguiu criar uma chance clara de gol nos 90 minutos de jogo.

O City terá agora que devolver o placar no jogo de volta, na semana que vem em Manchester, se quiser manter vivo o sonho de conquistar a primeira Champions de sua história. Já o Liverpool poderá até perder por dois gols de diferença que estará classificado às semifinais.

O belo ambiente protagonizado dentro do estádio pela torcida do Liverpool acabou sendo manchado por um incidente pré-jogo, quando o ônibus que transportava os jogadores do City ficou danificado pelo lançamento de garrafas e objetos na chegada a Anfield.

- Avalanche vermelha -O histórico do confronto City-Liverpool, com uma vitória para cada lado na Premier League (5-0 para o City, 4-3 para os Reds) nesta temporada, já apontava para um jogo repleto de emoção e gols, e as duas equipes não decepcionaram.

Adeptos de um futebol ofensivo e reativo, os times de Pep Guardiola e Jurgen Klopp entraram em campo em Anfield dispostos a correr riscos em busca da vitória.

E quem começou melhor foi o City, que impôs seu toque de bola no início do primeiro tempo, somando 70% de posse nos primeiros 10 minutos de jogo.

Mas a superioridade não foi convertida em gols e o Liverpool aproveitou a primeira chance que teve para apunhalar o rival.

Aos 12, após erro de Sané no ataque, os Reds roubaram a bola e armaram um contra-ataque mortal com Salah pela ponta direita. O egípcio encontrou dentro da área Firmino, que se livrou da marcação e chutou para a defesa do compatriota brasileiro Ederson. A zaga do City não conseguiu afastar o rebote e a bola sobrou para Salah soltar a bomba e abrir o placar.

O gol transformou o panorama da partida, invertendo a relação de poder dentro de campo. O Liverpool assumiu as rédeas do jogo, impondo uma forte marcação alta e uma agressividade que acabaram recompensadas.

Aos 21, Oxlade-Chamberlain, após outro ataque veloz, recebeu na entrada da área e, sem marcação, arriscou de longe, acertando o canto do gol de Ederson, que novamente se viu impotente.

Empurrados pela torcida, os Reds continuaram pressionando e chegaram ao terceiro gol dez minutos depois. No lance, o artilheiro Salah deu uma de garçom e cruzou na medida para o pequeno Mané cabecear com categoria, em meio aos grandalhões defensores do City.

Com 3 a 0 no placar, a expressão dos jogadores do City era de desolação, algo ainda não visto nesta temporada na equipe que lidera de maneira isolada o Campeonato Inglês, acostumada a dominar impiedosamente seus adversários.

- Reds seguram pressão -Na volta do intervalo, a conversa de Guardiola com sua equipe pareceu surtir efeito, embora o técnico espanhol tenha optado por não mexer na equipe.

O City recuperou sua tradicional intensidade, voltando a conseguir encaixar a marcação no campo do Liverpool.

Para aumentar o nervosismo da torcida anfitriã, que via o City se aproximar cada vez mais da meta defendida pelo goleiro Karius, um desfalque de peso: Salah, artilheiro e melhor jogador do Liverpool na temporada, sentiu a coxa e precisou ser substituído aos 7 minutos da segunda etapa.

Com sua principal arma ofensiva fora de ação, Klopp optou por recuar sua equipe, sabendo que chegar ao duelo de volta, em Manchester, sem ter sofrido gol em casa seria uma vantagem enorme na disputa pela vaga nas semifinais.

Deu certo. Apesar de rondar a área do adversário, o City encontrou dificuldades para finalizar no gol.

Na melhor oportunidade que criou na segunda etapa, os Citizens até chegaram a balançar as redes com Gabriel Jesus, que se jogou para alcançar um cruzamento rasteiro de Sané. O árbitro, porém, anulou o gol por impedimento do alemão, que parecia estar em condições.

Ao som do apito final, o avassalador Manchester City de Guardiola, autor de 88 gols na Premier League nesta temporada, se viu diante de um cenário inusitado: não conseguiu obrigar o goleiro adversário a fazer uma defesa sequer nos 90 minutos.

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