'Brincadeira' machista de torcedores na Rússia envergonha Brasil
Rio de Janeiro, 19 Jun 2018 (AFP) - O vídeo viralizou rapidamente: um grupo de jovens com a camisa da seleção brasileira cerca uma jovem russa, enquanto gritam em português "Boceta rosa, boceta rosa!", incentivando-a a repetir a frase, sem que ela entenda nada.
Esta "brincadeira" machista não foi a única revelada nestes poucos dias de Copa do Mundo na Rússia. Há também argentinos e peruanos que ensinam às russas falar em espanhol que querem fazer sexo oral neles, ou que querem transar com eles.
Mas com os movimentos feministas crescendo fortemente no Brasil e nos países vizinhos, essas atitudes são cada vez menos toleradas.
"Não é engraçado. É machismo, misoginia e vergonha, muita vergonha", escreveu em seu Instagram a modelo e apresentadora Fernanda Lima, que participou do sorteio da Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
"Que vergonha", fez coro a namorada de Neymar, a atriz Bruna Marquezine.
"Falta de lisura, de educação, de hombridade. Sinto tanta vergonha por vocês, garotos", reagiu a cantora Ivete Sangalo.
Textos semelhantes de repúdio foram compartilhados por atrizes como Bruna Linzmeyer e Mônica Iozzi, como também por políticas como a deputada federal do PT-RS Maria do Rosário.
A "brincadeira" não teve o mesmo repúdio unânime dos homens, mas foi tão comentada que gerou reação do Ministério brasileiro das Relações Exteriores.
"A imensa maioria dos torcedores brasileiros é pacífica e respeitosa", manifestou o Itamaraty ao jornal Folha de S.Paulo.
A chancelaria reafirmou à AFP que publicou um guia para os cidadãos que viajaram à Rússia para ver a Copa com "recomendação expressa contra atos de violência verbal, visual ou física, em especial atos que insultem ou humilhem uma pessoa".
"Denúncias sobre qualquer tipo de infração à legislação russa são recebidas e apuradas pelas autoridades daquele país", assinalou o ministério das Relações Exteriores.
Entre os jovens do vídeo foi identificado um policial de Santa Catarina, contra quem a sua corporação abrirá um "processo administrativo disciplinar", segundo a imprensa.
Também apareceu um advogado que foi secretário de Turismo em Ipojuca, Pernambuco.
O Brasil é um dos 10 países no mundo com mais assassinatos de mulheres. A cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no país, segundo dados do Instituto Maria da Penha.
Esta "brincadeira" machista não foi a única revelada nestes poucos dias de Copa do Mundo na Rússia. Há também argentinos e peruanos que ensinam às russas falar em espanhol que querem fazer sexo oral neles, ou que querem transar com eles.
Mas com os movimentos feministas crescendo fortemente no Brasil e nos países vizinhos, essas atitudes são cada vez menos toleradas.
"Não é engraçado. É machismo, misoginia e vergonha, muita vergonha", escreveu em seu Instagram a modelo e apresentadora Fernanda Lima, que participou do sorteio da Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
"Que vergonha", fez coro a namorada de Neymar, a atriz Bruna Marquezine.
"Falta de lisura, de educação, de hombridade. Sinto tanta vergonha por vocês, garotos", reagiu a cantora Ivete Sangalo.
Textos semelhantes de repúdio foram compartilhados por atrizes como Bruna Linzmeyer e Mônica Iozzi, como também por políticas como a deputada federal do PT-RS Maria do Rosário.
A "brincadeira" não teve o mesmo repúdio unânime dos homens, mas foi tão comentada que gerou reação do Ministério brasileiro das Relações Exteriores.
"A imensa maioria dos torcedores brasileiros é pacífica e respeitosa", manifestou o Itamaraty ao jornal Folha de S.Paulo.
A chancelaria reafirmou à AFP que publicou um guia para os cidadãos que viajaram à Rússia para ver a Copa com "recomendação expressa contra atos de violência verbal, visual ou física, em especial atos que insultem ou humilhem uma pessoa".
"Denúncias sobre qualquer tipo de infração à legislação russa são recebidas e apuradas pelas autoridades daquele país", assinalou o ministério das Relações Exteriores.
Entre os jovens do vídeo foi identificado um policial de Santa Catarina, contra quem a sua corporação abrirá um "processo administrativo disciplinar", segundo a imprensa.
Também apareceu um advogado que foi secretário de Turismo em Ipojuca, Pernambuco.
O Brasil é um dos 10 países no mundo com mais assassinatos de mulheres. A cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no país, segundo dados do Instituto Maria da Penha.
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