Cruzeiro e CBF reclamam da Conmebol expulsão de Dedé na Libertadores
Buenos Aires, 21 Set 2018 (AFP) - A expulsão de Dedé no jogo em que o Cruzeiro perdeu por 2 a 0 contra o Boca Juniors na quarta-feira, pela Copa Libertadores, provocou uma nova polêmica nesta quinta pelo uso do VAR, consultado pelo árbitro após o choque acidental que fraturou o maxilar do goleiro Esteban Andrada.
Em comunicado emitido nesta quinta, o Cruzeiro repudiou "de forma veemente a expulsão absurda de Dedé", acusou o árbitro paraguaio Eber Aquino de tomar "uma das decisões mais equivocadas da história do futebol" e exigiu que a Conmebol abra uma investigação formal "contra este flagrante e imponderável atentado contra o futebol brasileiro".
A CBF também emitiu uma nota afirmando que enviou carta à Conmebol, protestando pelo "grave erro da arbitragem".
"A CBF registra seu inconformismo com a decisão da arbitragem e solicita que a Conmebol, valendo-se de suas instâncias funcionais, adote todas as providências oportunas no sentido de fazer justiça em relação ao dano causado ao Cruzeiro Esporte Clube e ao atleta".
Dedé foi expulso por Eber Aquino após a utilização do árbitro de vídeo (VAR) na jogada em que o zagueiro atingiu sem intenção o rosto do goleiro adversário durante um cruzamento sobre a área.
O Cruzeiro perdeu Dedé aos 19 minutos do segundo tempo, quando perdia por 1 a 0 no estádio La Bombonera, e 18 minutos depois tomou o segundo gol, quando Pablo Pérez bateu Fábio e decretou o 2 a 0 no jogo de ida das quartas de final da Libertadores.
O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, viajou a Assunção para pedir formalmente a anulação dos efeitos da aplicação do cartão vermelho, e considerou que manteve uma reunião satisfatória com os dirigentes da Conmebol.
"Fiquei bastante satisfeito pela forma como fomos recebidos na Conmebol. Estamos indignados com tudo o que ocorreu ontem na Bombonera. Não podemos admitir que a decisão pessoal de árbitro questione um sistema tão avançado como o VAR".
A intenção é que Dedé possa disputar a partida de volta contra o Boca, no dia 2 de outubro, em Belo Horizonte.
"Como teria a maldade de atingir um adversário com a cabeça?! Acredito que o árbitro cometeu um erro grave, mas peço desculpas ao goleiro por que não o vi, desculpas de coração sabendo o que ocorreu", declarou Dedé após o jogo.
"Se o árbitro tivesse puxado o amarelo também teria se enganado", acrescentou Dedé.
str-ls-ao/fa
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