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Ceferin não está convencido com reforma da Liga dos Campeões

24/05/2019 17h14

Berlim, 24 Mai 2019 (AFP) - O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, não se mostrou totalmente convencido com a necessidade de reformar a Liga dos Campeões, segundo declarações que o jornal alemão Der Spiegel publicará no sábado.

"Se pedir minha opinião, não deveria mudar nada", declarou o mandatário da Uefa, organizadora da Champions.

Pressionada pela Associação Europeia de Clubes de Futebol (ECA), a Uefa estuda a reforma de sua principal competição, que passaria a ser jogada com uma primeira fase de quatro grupos com oito equipes cada, o que multiplicaria o número de jogos.

O dirigente esloveno, de 51 anos, lembrou que a Fifa já descartou jogar partidas europeias durante os fins de semana, uma ideia que foi considerada no início, mas que foi descartada após os campeonatos nacionais se rebelarem.

A outra grande novidade da nova Champions seria a classificação automática para a edição seguinte da competição dos seis primeiros colocados de cada grupo, o que teoricamente beneficiaria os grandes clubes europeus.

Por outro lado, Ceferin defendeu a realização da final da Liga Europa em Baku, apesar das críticas pelas condições de segurança e as denúncias contra o Azerbaijão por não respeitar os direitos humanos.

"Isso é um problema, mas também é em outros países europeus", declarou Ceferin sobre o tema.

Em relação à segurança, o meia Arsenal Henrikh Mkhitaryan não viajará a Baku para disputar a final contra o Chelsea, em 29 de maio, devido às difíceis relações diplomáticas entre o Azerbaijão e seu país de origem, a Armênia.

"É uma decisão do jogador", afirmou Ceferin, citado pelo Spiegel. "Se o futebol fosse detido por essas tensões, então não poderíamos organizar nada. Organizamos uma Eurocopa na França (2016), quando o país era alvo do terrorismo", justificou.

Os dois vizinhos do Cáucaso mantêm um conflito há 30 anos por Nagorno-Karabakh, região de maioria armênia que proclamou sua independência do Azerbaijão em 1991, mas não é reconhecida por nenhum dos lados.

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