Messi e sua fundação são denunciados por fraude e lavagem de dinheiro
Lionel Messi, seu pai Jorge e sua fundação foram denunciados na Espanha por um ex-funcionário da mesma, por supostos delitos contra as finanças públicas, fraude e lavagem de dinheiro, segundo um documento recebido pela AFP.
A denúncia, ainda não acatada, foi formulada por Federico Rettori, um argentino que trabalhou para a Fundação Messi e mora na ilha de Mallorca.
Rettori havia apresentado no ano passado uma denúncia similar na Argentina. Segundo fontes jurídicas, há em curso uma investigação preliminar por suposta evasão fiscal agravada e possível desvio de dinheiro para paraísos fiscais, embora no momento nem o jogador do Barcelona nem seu pai sejam acusados.
A denúncia de Rettori na Espanha é direcionada também ao irmão do jogador, Rodrigo, e "todas aquelas pessoas, ainda não identificadas, que de uma forma ou de outra tenham administrado e gerido fundos na Fundação Leo Messi", segundo o texto.
E conforme sustenta o documento, os fundos recebidos "originalmente deveriam ser destinados a ações sociais", mas foram desviados para outro tipo de atividades privadas ou contas diferentes às declaradas pela Fundação.
Mais precisamente, a denúncia de Rettori, datada desta quarta-feira em Madri, argumenta que a Fundação Messi, criada em Barcelona em 2007, não foi inscrita no Registro Catalão de Fundações até 2013, e por isso durante esses anos teria recebido fundos e operado "sem nenhum tipo de controle nem prestação de contas em nenhum organismo oficial".
Também sustenta que, desde que a Fundação Leo Messi Argentina foi criada em 2009, durante nove anos "não foram apresentados relatórios e balanços" à Inspeção Geral de Pessoas Jurídicas (IGPJ).
"Como no caso da Espanha há rendimentos multimilionários que não aparecem refletidos em nenhum organismo oficial, ou seja, nunca foram declarados", acrescenta a denúncia, repleta de links para artigos da imprensa publicados na internet sobre supostas irregularidades na Fundação Messi.
O atacante do Barça já recebeu em 2016 uma condenação por fraude fiscal na Espanha, na qual foi imposta uma multa de 2 milhões de euros e uma pena de 21 meses de prisão, comutada depois em uma sanção suplementar de 252.000 euros.
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