Brasileiro Elkeson, agora chinês, quer levar gigante asiático à Copa de 2022
Xangai, 22 Ago 2019 (AFP) - O atacante nascido no Brasil, Elkeson, afirmou seu desejo de levar a China à Copa do Mundo, depois de se tornar o primeiro jogador sem ascendência chinesa a ser convocado pela seleção do país asiático.
O atleta de 30 anos, recentemente naturalizado, fará história se jogar na equipe de Marcello Lippi no duelo classificatório para a Copa do Mundo de 2022 contra Maldivas no dia 10 de setembro.
Lippi já alertou sobre uma falta de atacantes no futebol chinês, e tentou solucionar o problema com o atacante brasileiro, que vai jogar com o nome de 'Aikesen'.
Este movimento dividiu os torcedores e os especialistas na China, um país que luta para disputar o segundo Mundial de sua história.
Mas o jogador do Guangzhou Evergrande, que já jogou no Botafogo e no Vitória, afirmou em uma carta aberta: "ter a nacionalidade chinesa me permite contribuir para que a seleção dispute de novo um Mundial".
"Quero dizer ao mundo: comecei oficialmente uma nova viagem. Sou chinês, quero devolver todo o amor e os cuidados que vocês me deram durante anos", acrescentou.
Elkeson já fez mais de 100 gols em quase 150 partidas no campeonato chinês.
A naturalização do atacante é parecida à que foi concedida ao meia nascido em Londres, Nico Yennaris.
O jogador do Beijing Guoan assumiu o nome chinês Li Ke e estreou na seleção do país no último mês de junho. Mas o ex-jogador do Arsenal tem origens familiares na China.
Elkeson poderá não ser o último dos jogadores naturalizados pelo país asiático, que ocupa apenas a 71ª posição no ranking da Fifa e que só disputou a Copa do Mundo de 2002, organizada por Coreia do Sul e Japão.
pst/th/iga/aam
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