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Brasileiro revela surpresa com contrato e visa nocaute no UFC Canadá

23/08/2016 06h00

Felipe fechou contrato de quatro lutas com o UFC e estreia na edição de Vancouver - Reprodução/Instagram

Felipe fechou contrato de quatro lutas e estreia no UFC Vancouver – Reprodução/Instagram

Com um cartel perfeito, Felipe Silva é conhecido no mundo do MMA por seus belíssimos nocautes. E foi exatamente um desses nocautes que lhe garantiu a tão sonhada vaga dentro do maior torneio da modalidade do mundo. Após vencer Anton Kuivanen em um evento na Finlândia em março deste ano, o brasileiro viu seu passaporte ser carimbado para o UFC, em um contrato de quatro lutas.

Em entrevista exclusiva para a AG Fight, Felipe revelou toda sua surpresa com o ocorrido. De acordo com o atleta, ele ainda esperava competir em eventos internacionais por mais um ano antes de ter sua chance no Ultimate. O atleta da CM System vai estrear no próximo sábado (27), no UFC Vancouver, contra Shane Campbell.

“Tudo tem seu momento, sua hora certa. Hoje eu estou com 32 anos, sou um cara bem maduro e eu sempre tive muita consciência do tempo de entrada. Na verdade eu até achei que ia demorar mais um ano devido a eu fazer mais algumas lutas. Mas a minha última luta na Finlândia, por eu ter pego um ex-UFC, um cara com um cartel tão positivo, me ajudou a sair com esse contrato. Eu não estava nem esperando por isso. Essa luta foi a grande responsável por eu entrar no UFC. Ela foi o contrato com o UFC. Pode-se dizer que é um sonho que acaba de ser realizado e um objetivo ao mesmo tempo. Eu trabalhei tanto para isso e agora estou conquistando esse sonho. Agora é bola pra frente e dominar o maior evento do mundo. Foram fechadas quatro lutas que podem ser prorrogadas para mais quatro, que é o que o UFC tá fazendo agora”, revelou.

Felipe tem sua estreia marcada para um evento que conta com dois brasileiros de peso no card principal. Como co-main event da noite, Charles do Bronx terá pela frente Anthony Pettis. Já na luta principal, teremos Demian Maia encarando Carlos Condit. Para o brasileiro, a presença desses dois nomes é algo que vai ajudar a aliviar a tensão da de pisar no octógono pela primeira vez.

“A presença dos dois brasileiros no card principal me motiva bastante. Vamos estar só os três lá fora, sozinhos. Eu já conheço bastante o Charles. O Demian eu ainda não tive o prazer de conhecer. Mas motiva bastante a gente porque vamos estar fora de casa e aí pode ter certeza que um vai estar dando forças para o outro e se Deus quiser vamos sair com três vitórias”, disse.

Com cinco nocautes na carreira e oriundo da trocação, Felipe está com a estratégia traçada para aumentar esse número. Confiante de que fará de tudo para conseguir acabar com a luta no primeiro round, o brasileiro garante que se sente muito bem preparado para enfrentar os desafios que o UFC lhe colocar.

“Eu tenho cinco nocautes no MMA, 21 vitórias no muay thai e 16 por nocaute. Na verdade, eu sempre fui bem pegador, nunca fui um cara muito plástico que faz muita firula, sempre fui mais objetivo. Sou o tipo de cara que prefere sair de uma luta sabendo que deu tudo de si do que morrer sem tentar. Eu prefiro sobrar do que faltar. Não gosto daquela sensação de sair da luta pensando que podia ter feito mais. Então eu dou sempre o meu máximo e vou sempre até o meu limite para poder vencer. Isso tem me rendido bons frutos e tenho conseguido um grande número de nocautes. A estreia perfeita seria um lindo nocaute no primeiro round e de preferência saindo com o bônus de luta da noite. Isso seria perfeito. Eu não digo que vou ser o nome dos nocautes brasileiros, mas pode ter certeza que eu estou bem preparado tanto fisicamente quanto psicologicamente. Vou para nocautear. Nada mudou”, garantiu.

Para sua primeira luta no Ultimate, Felipe já se imagina entrando na arena canadense ao som do gênero musical de sua preferência, ou seja, o hip hip norte-americano.

“Normalmente eu entro com hip hop americano que é um estilo de música que eu curto muito e que me motiva demais. Eu gosto bastante, quando eu estou treinando e estou cansado ou fadigado, é uma música que me dá uma motivada boa. Então eu vou manter, não vou mudar não porque isso faz parte da minha rotina e vem dando certo. A gente não mexe em time que está ganhando, né?”, finalizou.