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Mirando cinturão, Edson Barboza relembra atletas que o venceram: "Estão engasgados"

21/12/2016 08h00

Edson é o atual quinto colocado no rankind peso-leve do UFC - Diego Ribas

Edson Barboza é o atual quinto colocado no ranking peso-leve do UFC – Diego Ribas

De férias com a família em Nova Friburgo (RJ) até o começo de janeiro, Edson Barboza optou por não diminuir o ritmo de seu treinamento desde que descobriu quem será seu próximo adversário. Ele enfrentará Beneil Dariush pela divisão dos leves (70 kg) no UFC Fortaleza, marcado para 11 de março de 2017. E em meio a boa fase dentro da organização, o lutador afirmou ter evoluído muito desde sua última derrota. Em entrevista exclusiva à Ag Fight, ele analisou a possibilidade de lutar pelo cinturão em breve, além de revelar os nomes dos atletas com quem está engasgado dentro do evento.

Desde que estreou pelo UFC em março de 2010, no show 123 da organização, Edson já acumula 12 vitórias em meio aos 16 combates que fez dentro do show, mas são as derrotas que parecem incomodar mais o lutador. Ele revelou o desejo de enfrentar os últimos três atletas que o venceram.

“Isso é bem engraçado, né? Tenho vontade de enfrentar todos que me venceram. Estão aqui na garganta, ainda não desceram. Sei que posso derrotar qualquer um deles, principalmente os três últimos que enfrentei. O Tony Ferguson, o Michael Johnson e o Cowboy (Donald Cerrone) estão engasgados aqui. Eu lutaria com os três, se me mandassem escolher faria ‘uni duni te’ e sairia na porrada contra qualquer um”, disse.

Após analisar as derrotas, Edson Barboza garantiu estar bem mais preparado do que na última vez que lutou no Brasil, em fevereiro de 2015 no UFC Porto Alegre, quando perdeu por decisão unânime para Michael Johnson. O lutador afirmou que a mudança para Nova Jersey (EUA) fez uma grande diferença em sua rotina de treinamentos, além de afirmar ter ficado contente com o anúncio de sua próxima luta contra o norte-americano Beneil Dariush e garantir uma guerra dentro do octógono em Fortaleza.

“Uma coisa simples, na luta contra o Michael Johnson aqui no Brasil eu só fiz quatro semanas de camp. Hoje eu moro em New Jersey, treino 100% o ano inteiro, acho que a principal diferença é essa. Achei ótimo (o próximo adversário). Ele é um cara completo, assim como eu. Eu tento manter minhas lutas em pé porque até hoje não senti necessidade de tentar derrubar ninguém, a galera também não está conseguindo me derrubar. Sou um lutador completo assim como ele e vai ser uma guerra. Eu sempre me preparo para uma guerra, e nessa luta não será diferente. Vamos nos bater bastante, será bem divertido”, garantiu.

Há alguns anos entre os melhores atletas da divisão peso-leve, o brasileiro quase nunca é desafiado por seus concorrentes dentro do UFC. Desde que chegou a organização, Edson é caracterizado por não entrar nas tão comuns provocações com seus oponentes e por se promover apenas dentro do octógono. Em um tempo onde o ‘trash talking’ está tão em alta, o lutador afirma que seus princípios vão contra a prática.

“Não acho que seja medo, mas sem dúvida nenhuma eu sou um dos caras que o pessoal não quer enfrentar. Porque ganhando ou perdendo a chance de se machucar é muito grande quando me enfrentar. Por um lado eu fico feliz pelo pessoal não botar no meio desse ‘trash talking’ aí. Muito pelo contrário, fui ensinado a minha vida toda que devemos respeitar o próximo, inclusive nossos adversários. De vez em quando pintam um desafios aí, mas nada muito concreto né. Todos que estão fora do ranking querem pegar alguém ranqueado, mas eu realmente esperava ver alguém top na categoria me desafiando”, afirmou.

Em suas últimas lutas Edson venceu Anthony Pettis, ex-campeão peso-leve, e Gilbert Melendez, dois dos lutadores mais bem ranqueados na categoria. Em virtude disso, o brasileiro planeja disputar o cinturão em breve e não demonstra ter preferência por adversário. Ele revelou já imaginar uma possível luta contra Conor McGregor, atual campeão do peso, e garantiu um combate em alto nível.

“Eu quero lutar contra o campeão da minha categoria, pode ser o Khabib (Nurmagomedov), O (Tony) Ferguson ou o Conor. O cara que tiver o cinturão da minha categoria será quem eu quero enfrentar. E como ele é o campeão, é óbvio que me imagino lutando contra ele, com certeza. Seria uma luta boa, divertida de assistir. Eu sempre faço lutas boas, divertidas, sempre gostam das minhas lutas e contra ele seria da mesma forma. Iria dar o meu máximo e tentaria vencer da melhor formar possível. Mais cedo ou mais tarde, aliás, mais cedo ou mais cedo será minha vez (de lutar pelo cinturão). Eu acho que mereço, ainda mais se vencer essa próxima batalha”, concluiu.