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Indicada ao 'Oscar do MMA', brasileira minimiza desafio de ex-campeã do UFC

17/01/2017 10h00

Mackenzie Dern finalizou Montana Stewart no Legacy 61 - Reprodução/Facebook

Mackenzie Dern finalizou Montana Stewart no Legacy 61

Metade brasileira e metade americana, Mackenzie Dern une o melhor dos dois mundos para seguir brilhando em sua carreira como lutadora. Fluente em inglês e português, ela teve acesso a treinos em renomadas academias nos dois países e, após acumular diversos títulos no jiu-jitsu, parece disposta a fazer o mesmo nas artes marciais, esporte em que com apenas seis meses de experiência já concorre ao ‘Oscar do MMA’.

A premiação anual, que aponta a opinião do público sobre os melhores de cada temporada em diversas categorias, conta com Mackenzie entre as favoritas para o prêmio de melhor finalização de 2016, graças à omoplata seguida de estrangulamento aplicada no evento Legacy 61, em outubro passado.

“Várias pessoas tinham falado para mim que eu poderia ser indicada como melhor finalização, e vi muitos sites falando que foi a melhor do ano, mas eu não pensei que o ‘MMA Awards’ iria me indicar porque pensei que eles olhavam mais para UFC, Bellator e eventos maiores. Olhando as outras pessoas na lista, acho que a finalização é bem diferente do que o resto fez, acho que isso pode ajudar bastante. Mas também não sei quais critérios eles usam”, narrou em conversa exclusiva com a reportagem da Ag. Fight.

O prêmio será entregue aos vencedores no final de fevereiro, em cerimônia a ser realizada na cidade de Las Vegas (EUA), quando Mackenzie Dern será mais uma vez o centro das atenções. Aos 23 anos, a lutadora filha do brasileiro Wellington ‘Megaton’ carrega títulos no jiu-jitsu com e sem kimono, e esta última modalidade se tornou uma espécie de xodó dos astros do MMA nos EUA.

Por ser mais próximo do treinamento realizado para as competições de MMA, o submission (jiu-jitsu sem kimono) garantiu em seu torneio a participação de feras do octógono como Jon Jones, Josh Barnett, Chael Sonnen, Renato ‘Babalu’ entre outros. Por isso, não demorou até que Miesha Tate, ex-campeã peso-galo (61 kg) do UFC e aposentada do MMA, desafiasse Mackenie para um combate esportivo.

“Acho que essa luta pode chamar bastante atenção pois ela tem muitos fãs, e quem sabe na hora certa ela aconteça. Mas acho que, no momento, essa luta não será uma grande prioridade. A Miesha acabou de aposentar do MMA e é uma faixa-roxa no jiu-jitsu, ela está no final da carreira dela e está aproveitando e fazendo superlutas. Mas estou em outra fase, crescendo muito no jiu-jitsu e tentando conquistar meu espaço no MMA, então quem sabe um dia com os valores certos e data certa acho que podia valer a pena. Por enquanto não é algo que me interessa”, decretou com a sinceridade de costume.

Pronta para competir no Europeu de jiu-jitsu, Mackenzie acaba de passar por um período de dois meses de treino no Rio de Janeiro, onde além de curtir amigos e as praias cariocas, pôde aprender novas técnicas com o time da Nova União, equipe responsável pelos treinos de José Aldo, Renan ‘Barão’ e Hacran Dias.

“Os treinos na Nova União foram ótimos! Todo mundo acha que estava no Brasil de férias. É lógico que estava de férias, mas vida de atleta nunca está 100%, então foi muito bom poder treinar nesses dois meses. Todo mundo me recebeu muito bem e ajudou bastante no meu MMA nesse período.  Estamos tentando fechar uma luta para 10 de março. Não está 100% ainda, mas está quase fechado, ainda estou esperando para saber. Para essa luta agora não vou fazer o camp na Nova União, mas quem sabe faço um camp lá no futuro?”, finalizou.

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